Mochi não quer continuar e Puccinelli se recusa assumir

O PMDB sul-mato-grossense tem 20 dias para chegar ao consenso de um nome para comandar o diretório regional e, ao que tudo indica, a dificuldade será a mesma que foi para encontrar um comandante à executiva municipal, em agosto. Isso porque o atual dirigente, deputado estadual Junior Mochi, não pretende seguir no cargo. O ex-governador do Estado, André Puccinelli, também não deseja assumir a responsabilidade. Em reunião na manhã desta segunda-feira (5) a definição foi somente quanto à data da eleição, marcada para o dia 26 deste mês.

“Ele (Puccinelli) não está querendo, eu gostaria de deixar a presidência por conta das atividades da Assembleia Legislativa, então vamos discutir para encontrarmos alguém até o dia 26. Vamos ver se chegamos a um consenso”, disse Mochi que também é presidente do Legislativo do Estado. O senador Waldemir Moka e os deputados estaduais e federal, Eduardo Rocha, Renato Câmara e Carlos Marun, respectivamente, participaram da reunião.

O novo dirigente terá a incumbência de recuperar a sigla que sofreu derrotas consecutivas aos Executivos municipal (Campo Grande) e estadual nas eleições de 2012 e 2014, após quase duas décadas no poder. Além disso, terá que contornar as possíveis consequências da Operação Lama Asfáltica, na qual as gestões peemedebistas estão entre os principais alvos.

A bancada municipal do PMDB também está ligada à Coffee Break que apura suposta compra de votos na cassação do prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. Tanto que o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), foi afastado da Casa de Leis no final de agosto.

Nesta mesma época o dirigente da executiva municipal do PMDB foi escolhido às pressas, depois da realização de convenção sem a devida eleição. A sigla usou a prerrogativa do estatuto que permite a escolha do nome em até cinco dias depois do pleito. À época, Por unanimidade o ex-presidente do PMDB Jovem e advogado, Ulisses Rocha.