Maioria foi contra o fim do financiamento privado de campanhas

A Câmara Federal aprovou na sessão desta quarta-feira (27) dois temas importantes na reforma política, que está tendo dificuldade para acontecer em Brasília. Na noite de ontem, quase madrugada de hoje, os deputados aprovaram o fim da reeleição e mudanças no financiamento da campanha.

O fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República não teve dificuldade na Câmara, com 452 votos a favor, 19 contrários e uma abstenção. Todos os deputados de Mato Grosso do Sul votaram a favor do fim da reeleição.

A divisão na bancada aconteceu no projeto que estabelecia novas regras para o financiamento de campanhas. A primeira proposta votada foi a proibição de financiamento privado a campanhas, utilizando-se apenas dinheiro público. A proposta foi rejeitada por 343 a 56, com 58 abstenções. Entre os deputados de Mato Grosso do Sul, só Vander Loubet (PT) votou sim. Zeca se absteve e todos os outros foram contrários: Carlos Marun (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Elizeu Dionizio (SD), Geraldo Resende (PMDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSB

 Por 330 votos a 141, a Câmara aprovou apenas a PEC que prevê financiamento privado de campanha com doações de pessoas físicas e jurídicas para e com doações de pessoas físicas para candidatos

A diferença entre o sistema atual e o novo está na proibição de doação de empresas diretamente aos candidatos. Desta maneira, o sistema permanece misto, com dinheiro público, do Fundo Partidário e do horário eleitoral gratuito,  e privado, com doações de pessoas e empresas.

Entre os deputados de Mato Grosso do Sul, a votação ficou dividida, com cinco favoráveis a mudança e três contra. Votaram a favor os deputados: Carlos Marun (PMDB), Elizeu Dionizio (SD), Geraldo Resende (PMDB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSB). Foram contra os deputados Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT.