Segundo governador, PSD não inviabiliza conversa

Em meio as novas filiações ao ninho tucano, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), não descarta a possibilidade de aliança com o deputado estadual Marquinhos Trad e ex-deputado federal Fábio Trad, ambos do PMDB. No entanto, a parceria pode ser feita por meio do PSD, sigla da qual os irmãos estão mais próximos, segundo o chefe do Executivo.

“Eles estão muito próximos do PSD e como o partido é nosso aliado nós podemos desenhar isso”, explicou. O PSD compôs chapa majoritária junto ao PSDB na eleição de 2014. “O partido nos ajudou muito e foi fundamental”, completou. Azambuja relatou que tanto Marquinhos quanto Fábio estão em diálogo com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o próprio dirigente teria sugerido aliança com tucanos em .

“Nessa conversa surgiu a possibilidade de fazer um desenho político para a Capital. Acho que política é construção. Temos que ir conversando, ver estratégia porque no primeiro turno tem maior número de candidatos, então podemos ter o compromisso de caminharmos juntos no segundo turno”, explicou.

Mas, para ele o que determinará o futuro do PSDB no próximo pleito serão as pesquisas qualitativas com a população. Sendo assim o que a voz popular ditar, a sigla irá seguir. “Acho que tudo isso tem que ser desenhado. Vamos ouvir e analisar o pensamento da população de Campo Grande, pesquisas qualitativas são fundamentais para tomada de decisão de qualquer partido na Capital”, concluiu.

Durante convenção do PSDB no último sábado (20), Azambuja afirmou que a única certeza vinda dos irmãos Trad é de que eles realmente sairão do PMDB. Tanto que Fábio protocolou no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS) pedido de desfiliação da sigla. Marquinhos, por sua vez, alega estar juntando provas para provar judicialmente que foi perseguido pela cúpula peemedebista e, assim, manter mandato na Assembleia Legislativa.

Ambos também enxergam na chamada ‘janela partidária' chance de migrarem a outra legenda sem perder mandato. A Câmara dos Deputados aprovou janela de 30 dias para o troca-troca de siglas, mas a medida ainda tem que passar pelo Senado. O prazo começa a ser contado a partir da promulgação do texto.