Presidente do Conselho de Saúde quer debate amplo antes de aprovação da OSS

Ricardo Bueno esteve hoje pela manhã na Assembleia Legislativa

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Ricardo Bueno esteve hoje pela manhã na Assembleia Legislativa

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ricardo Bueno, é contra projeto que prevê aos hospitais gerenciamento por OSS (Organizações Sociais de Saúde), apresentado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa. Ele defende que o tema seja amplamente debatido antes de entrar em votação com os deputados estaduais. 

A modalidade já existe em outros Estados e visa a ampliação da capacidade de atendimento sem aumento de custos. No entanto, Bueno avalia que as OSS são liberadas somente para Estados que não têm condições de dar atendimento ao público, fato que teria que ser comprovado. “O privado tem que ser complemento ao Poder Público. Nos preocupa que o Governo não abra discussão. Terceirizar é lavar as mãos sem ao menos tentar”, opinou.

O líder do governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), na Casa de Leis, deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), contou que viu o projeto colocado em prática quando esteve em Goiânia (GO), na semana passada. O tucano se disse impressionado com a capacidade de serviço utilizando o mesmo montante.

Bueno, porém, rebateu. “Aumenta (o atendimento) porque alguém está sendo explorado, porque alguém está trabalhando com sobrecarga. Além disso, é mais fácil de ocorrer fraudes porque não tem licitação para compra e serviços, por ser privada”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Alexandre Costa, admitiu que o Hospital Regional, por exemplo, está trabalhando ‘no limite’, mesmo assim segue com atendimento e, no fim, consegue completar o trabalho com a população. Sendo assim, para ele, não há nada que justifique OSS em Mato Grosso do Sul.

“Queremos um debate para impedir isso. Com as OSS, trabalham em excesso, reduz salários e facilita a corrupção. Não sou eu que digo, mas o próprio Ministério Público Estadual. Além disso, corre o risco de ficar como a Santa Casa, refém do poder público”, concluiu.

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