São 1.044 servidores que custam R$ 5,2 milhões por mês ao Município

Alvo de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que nasce com a promessa de esmiuçar sua realidade financeira, a Prefeitura de Campo Grande alega que gasta “apenas e tão somente” 5,41% da folha de pagamento servidores nomeados. O custo das nomeações é um dos argumentos que levaram à abertura da investigação.

Conforme dados da Semad (Secretaria Municipal de Administração), a Prefeitura tem 1.044 servidores de nomeação direta. Em abril deste ano, eles custaram R$ 5,2 milhões – incluídos encargos – aos cofres municipais, em uma folha de R$ 97,4 milhões.

Os números constam em documento anexado a ação judicial movida pela Prefeitura contra o Sinmed (Sindicato dos Médicos), alegando ilegalidade de greve iniciada à zero hora desta quarta-feira (6). “Apenas à guisa de esclarecimento, e a bem da verdade, cumpre informar que no mês de abril/2015, as despesas com servidores nomeados implicou em apenas e tão somente 5,41% sobre o total da folha de pagamento”, traz petição da Procuradoria Geral do Município.

A CPI das Contas Públicas foi aberta na terça-feira (5) pela Câmara Municipal, após requerimento apresentado pelo vereador Paulo Pedra (PDT), que conseguiu mais nove assinaturas, inclusive de parlamentares, até então, considerados da base. Após assinarem o pedido, Chocolate (PP) e Eduardo Romero (PTdoB) se declaram independentes e, portanto, fora do grupo aliado do prefeito, Gilmar Olarte (PP).

Um dos questionamentos da CPI é quanto ao custo da folha de comissionados nomeados durante a atual gestão. Segundo o requerimento, nos últimos anos o custo com salários na Prefeitura aumentou 40,34%, havendo dúvida se este aporte resulta de aumentos salariais de gestões anteriores ou “devido à nomeação maciça” feita pelo pepista.