Polícia Civil prende ex-secretário Edson Giroto e empresário João Amorim
Prisões foram a pedido da força-tarefa do MPE sobre a Lama Asfáltica
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Prisões foram a pedido da força-tarefa do MPE sobre a Lama Asfáltica
Equipes da Polícia Civil prenderam, nesta terça-feira (10), ao menos dois envolvidos em investigações da força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual), resultante da Operação Lama Asfáltica, esta conduzida por forças federais. Os presos são o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto (PR), e o empresário João Amorim, dono da Proteco Construções.
Segundo informações da Polícia Civil, o caso é mantido sob sigilo. No entanto, a mesma fonte confirma que houve as prisões, decorrentes de ordens concedidas à 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social – há informações, ainda não confirmadas, de que outros mandados de prisão teriam sido cumpridos.
No MPE, a assessoria de comunicação diz não ter informações sobre as prisões. A força-tarefa é um desmembramento estadual da Lama Asfáltica, que investiga suposto esquema de desvio de verbas públicas em diferentes esferas do poder público.
Outros pedidos
O delegado da Polícia Federal, que também acompanha o caso, Marcos André Araújo Damato já havia solicitado prisão de vários suspeitos de desvios milionários na gestão de André Puccinelli (PMDB). A lista incluía Puccinelli, Edson Giroto (PMDB), Maria Wilma Casanova, adjunta na secretaria de Obras, Hélio Yudi, fiscal terceirizado, Marcos Puga servidor da Agesul, Beto Mariano, Edmir Fonseca Rodrigues, Márcia Alvares, Newton Stefano e André Luiz Cance.
O Ministério Público Federal chegou a dar parecer favorável a prisão temporária, por cinco dias, dos oito, e para prisão preventiva de Amorim, Elza Araújo (sócia dele) e Rômulo Menossi. Porém, o juiz federal Dalton Igor Kita não autorizou, alegando que não havia indícios de materialidade e autoria da prática de ilicitude.
Na ocasião o juiz ressaltou que Puccinelli foi citado por duas interceptações onde o secretário adjunto da Fazenda, André Luiz Cance, falava sobre a “alvorada e alvorecer”, que seria,segundo a Polícia Federal, referente a contrato com a Gráfica Alvorada, firmado no final da gestão dele; por viagens no avião de Amorim e por doações de campanha, mas ainda não autorizou a prisão, nem a apreensão de documentos na residência. “Os indícios não são suficientes para busca e apreensão”, alegou o juiz.
No inquérito, o governador é citado como cauteloso por ter evitado contato com João Amorim, embora, segundo a polícia, tenham sido obtidos elementos que, ao ver deles, demonstram que ele recebeu propina da Gráfica Alvorada, em situação envolvendo a Organização Criminosa de João Amorim.
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