Ministro suspendeu trabalhos de comissão
Para o deputado federal Geraldo Resende (PMDB), que compõe a Comissão Especial do Impeachmet da presidente da República Dilma Rousseff (PT), o STF (Supremo Tribunal Federal) agiu ao apagar das luzes e está tentando protelar decisão que pode afastar a petista do Planalto por 180 dias ao suspender a formação e a instalação da comissão após sessão marcada por muito bate-bota para definir a composição.
A decisão partiu do ministro Luiz Edson Fachin na noite desta terça-feira (8) que determinou interrupção dos trabalhos até que o plenário o Supremo analise o caso em votação marcada para próxima quarta-feira (16). “Foi de última hora, no apagar das luzes. Mais uma manobra protelatória, mais um processo de judicialização dessa questão política”, disse o peemedebista.
A comissão é composta em sua maioria por integrantes da oposição e base favorável à saída da presidente, incluindo Resende e o companheiro de bancada Carlos Marun. Para que haja mais agilidade ele concorda com a renúncia ao recesso parlamentar. “Concordo porque acho que temos que resolver tudo como a população deseja e vai dar aonde a população quer. Pelo que vemos nas pesquisas todo mundo está insatisfeito”.
Resende contou que o clima está “fechado e com trovoadas” em Brasília e na se referiu ao tempo. Isso porque além de toda a tensão dos últimos dias, a sessão de ontem foi marcada por confusão. Quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) anunciou votação secreta houve protesto. Deputados governistas denunciaram o que seria um conluio entre Cunha e oposição, no sentido de desrespeitar a prerrogativa dos líderes partidários em indicar os respectivos membros para a comissão.
Os acontecimentos fizeram com que Resende pensasse melhor em sua estadia no Congresso. “Por isso já estou preparando minha (tentativa) de volta a Dourados. O clima aqui está tão pesado que já estou trabalhando com essa hipótese”, disse referindo-se à possível candidatura a prefeito de Dourados em 2016.
