Olarte não comenta operação da Federal: ‘vamos falar de coisa boa’
Operação teve início na manhã desta quinta-feira
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Operação teve início na manhã desta quinta-feira
Durante solenidade de lançamento do sistema que facilitará o acesso ao cartão de estacionamento para vagas de idosos e deficientes, realizada, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) não quis comentar a Operação Lama Asfáltica, realizada na manhã desta quinta-feira (9) por agentes da Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União).
Questionado sobre a operação, que deve cumprir 19 mandados de busca e apreensão, visando obter detalhes de contratos com um dos maiores empreiteiros do Estado, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, o prefeito disse que não comentaria o assunto. “Estamos em um evento de uma coisa boa, não vou falar sobre isso”, disse Olarte.
No dia 3 de dezembro do ano passado, foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande a nomeação da engenheira Renilda Ota Miyasato, considerada o “braço-direito” do empreiteiro João Amorim, principal alvo da Operação Lama Asfáltica, para cargo estratégico na Seintrha.
Ela ficou incumbida justamente do controle de todos os contratos milionários que são mantidos com dinheiro público para as empreiteiras em todo tipo de obras da Prefeitura Municipal. Dias após a nomeação, no dia 19 de dezembro, a engenheira foi designada para coordenar a UGPE (Unidade de Gerenciamento de Programas Especiais).
A ex-secretária da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) Katia Castilho chegou a afirmar em dezembro do ano passado, que recebeu ordens do prefeito para assinar contratos retroativos com empresas ligadas ao empreiteiro e seu genro, Luciano Dolzan. As prorrogações foram todas efetivadas após o ex-secretário Semy Ferraz pedir exoneração.
Entre as empreiteiras que ganharam a prorrogação retroativa, em quatro dos seis contratos, durante o curto período de Kátia Castilho como secretária, estão a Proteco Construções Ltda., que pertence ao empreiteiro João Amorim, a LD Construções Ltda., propriedade de Luciano Dolzan, e a DMP, Construções, cujo titular seria Lucas Morbi de Miguel, cunhado do irmão de Amorim.
Operação Lama Asfáltica
Desde 6 horas, policiais estão trancados com João Amorim na sua casa, no Bairro Vila Vendas, realizando busca de documentos. Segundo as primeiras informações, há viaturas também nas empresas Proteco Construções Ltda. (de João Amorim), Hélio Corrêa Construções e Terraplenagem.
Outros policiais fazem buscas na Secretaria de Obras do governo, onde quatro servidores foram afastados, dos quais três são efetivos e um estava no programa de demissão voluntária, mas continuava prestando serviços.
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