Prefeitura vai devolver o dinheiro, mas estuda acionar o MPE para cobrar a conta dos responsáveis

A Prefeitura de Campo Grande deve procurar o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) e cobrar deles o rombo de R$ 8,2 milhões do Gisa, segundo a vereadora Luiza Ribeiro (PPS). O Executivo municipal tem até hoje para devolver ao Ministério da Saúde a verba, destinada em 2008, para execução do sistema, que se fosse implantado corretamente, serviria para agendamento de consultas na rede pública.

“A Prefeitura deveria cobrar dos ex-prefeito e do ex-secretário de Saúde para que eles se responsabilizem, porque são os responsáveis”, opina.  A vereadora, inclusive, já entrou com representação no MPE-MS (Ministério Público Estadual em Mato Grosso do Sul), pedindo ação de seqüestro de bens dos envolvidos. O Ministério Público abriu inquérito para verificar a responsabilidade de Nelsinho e Mandetta neste caso.

Sob o risco de ser acionada na Justiça e ficar inadimplente, a Prefeitura de Campo Grande confirmou que pagará os R$ 8 milhões em 30 vezes, com a primeira parcela a vencer daqui 30 dias. O atual secretário municipal de Saúde, Jamal Salem afirmou, em coletiva de imprensa, nesta manhã, que o Executivo vai mesmo devolver o montante, até para que os repasses federais ao município não sejam interrompidos. O titular também quer o MPE investigue e peça a punição dos responsáveis.

“Prazos são prazos e tem que devolver para não ficar inadimplente, porque se não prejudica ainda mais a municipalidade”, ressaltou a vereadora. Ela lembrou que a rescisão do contrato, por parte do Ministério da Saúde, se deu em virtude das irregularidades compradas pela CGU (Controladoria Geral da União).