Na presença de índios, Mara muda discurso e diz que CPI quer solucionar conflitos

Deputada muda o discurso: “CPI visa solucionar conflitos” 

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Deputada muda o discurso: “CPI visa solucionar conflitos” 

A deputada Mara Caseiro (PTdoB) aproveitou a presença de comunidades indígenas na sessão plenária da Assembleia Legislativa para rebater críticas sobre a CPI do CIMI nesta quarta-feira (7) e até mudou o discurso sobre o tema. Ao tentar se mostrar afim às causas indígenas, Mara chegou a afirmar que “as comunidades indígenas devem ser tratadas com desigualdade, para que a igualdade seja resgatada”.

A parlamentar citou a trajetória política para reafirmar que os povos indígenas precisam adquirir independência, já que no seu entendimento, os índios são “guiados” por outras pessoas. “Sou uma mulher que lava, passa e cozinha. Mas também sou mulher de diploma. Por isso fui vereadora, prefeita e agora deputada estadual. Os indígenas precisam sim de assistência. E eles precisam também conquistar seu espaço, para serem tratados como qualquer brasileiro. Eles precisam ter acesso à faculdade, conquistar sua independência”, disse.  

A deputada disse que a CPI do Cimi visa trazer uma solução para os conflitos, apesar de ter usado a tribuna várias vezes para afirmar que há uma conspiração contra os fazendeiros que deve ser investigada por meio da Comissão.

 “Tem pessoas que deturpam nossas falas. Levam o recado que querem levar, principalmente à comunidade indígena. Essas mentiras tem provocado o ódio entre índios e nãos índios. Nossa luta é para unir e solucionar conflitos.”

No plenário, mais de 200 lideranças indígenas e membros de movimentos sociais, favoráveis à instauração da CPI do Genocídio, acompanharam as declarações em clima pacífico. Pedro Kemp (PT) reafirmou que as investigações da CPI do Cimi são válidas, mas apontou que a morte de índios também devem ser investigadas.

Ao fim da sessão, o deputado apresentou o requerimento assinado por nove parlamentares que pede instauração da CPI do Genocídio, para investigar omissão e violência contra os povos indígenas ocorridos entre os anos de 2000 e 2015. (Com supervisão de Evelin Araujo).

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