Licença sanitária para casa de repouso de idosos será mais rigorosa

Campo Grande tem 19 Instituições de longa permanência para idosos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Campo Grande tem 19 Instituições de longa permanência para idosos

Em reunião na sexta-feira (08), entre o MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) e Semre (Secretaria Municipal de Receita), ficou decidida maior fiscalização e rigor na emissão de alvará de localização e Funcionamento das ILPIs (Instituições de Longa Permanência Para Idosos) em Campo Grande. De acordo com os técnicos que aprovam e emitem a licença sanitária, a intenção é garantir a qualidade dos serviços prestados aos idosos, assegurando o que o Estatuto do Idoso preconiza.

De acordo com a Promotora de Justiça dos Direitos da Pessoa Idosa, Cristiane Barreto Nogueira Rizkallah, dentre as muitas Instituições existentes em Campo Grande, poucas possuem condições de obter a licença sanitária, pois não demonstram o cumprimento das exigências legais.

“Mesmo com inúmeras recomendações e orientações sobre as exigências legais para o funcionamento dessas Instituições, nada foi feito pelos proprietários para a adequação do ambiente. Diante dessa realidade, a partir desta segunda-feira (11), não será mais emitido pela Semre, o Alvará para as ILPIs sem a prévia aprovação da Vigilância Sanitária e dos órgãos técnicos envolvidos”, explica.

Por outro lado, a fiscalização das Instituições que já estão em funcionamento será conjunta, realizada pelo Ministério Público e pela Vigilância Sanitária, e as instituições que não cumprirem a legislação vigente serão penalizadas conforme o que preconiza o Estatuto do Idoso, sem prejuízo das providências da Vigilância Sanitária, entre as quais envolve o fechamento do estabelecimento.

Campo Grande conta hoje com 19 Instituições de longa permanência para idosos. De acordo com a chefe do Setor de Fiscalização de Medicamentos e Produtos, Renata Rodrigues, as instalações físicas inadequadas, a falta de acessibilidade e adequações para os idosos, recursos humanos e a alimentação não balanceada, são itens que mais pesam no descumprimento das exigências para o funcionamento do estabelecimento.

 

Para o secretário Municipal de Saúde Pública, Jamal Salem, a decisão visa contemplar e reforçar o artigo 52 do Estatuto do Idoso, que prevê que as entidades governamentais e não-governamentais de atendimento ao idoso devem ser fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária. “Sendo mais rigorosos iremos garantir com que essa população idosa seja melhor atendida e acolhida nas instituições, de forma a ter mais qualidade de vida nessa fase de maior vulnerabilidade”, explica o secretário.

A reunião aconteceu no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde. Estavam também presentes na reunião a chefe de Fiscalização de Estabelecimentos de Saúde, Vera Regina Arakaki Aratami e o chefe da Divisão de Cadastro Econômico da Semre, Marco Tomi.

(Com informações do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul)

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

Casa de Leis de Mato Grosso do Sul (Arquivo, Midiamax)
Câmara de vereadores