Vereador quer mostrar outro lado da cassação​

O vereador Jamal (PR) volta a depor no Gaeco nesta manhã. O vereador é um dos nove que foram detidos na Operação Coffee Break para explicar a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Agora, ele volta ao Gaeco, desta vez para colocar Bernal entre os suspeitos de irregularidades durante a votação que o tirou do cargo.

O vereador foi convocado pelo Gaeco novamente após dizer na Câmara que os promotores deveriam investigar o prefeito Alcides Bernal. Sem citar o que ou quantos, Jamal disse nos microfones da Câmara que Bernal chamou vereadores para oferecer vantagens em troca de votos contrários a cassação.

Após declaração de Jamal, o advogado de Edil Albuquerque (PMDB), Renê Siufi, apresentou representação ao Gaeco, solicitando apreensão de celulares de todos os vereadores, assim como já tinha feito com 12 parlamentares. O Gaeco acatou o pedido e solicitou apresentação voluntária dos celulares, mas também convocou Jamal.

O vereador prestará depoimento as 9h30, mas não será uma tarefa tão tranquila. O vereador terá que provar as denúncias feitas no microfone da Câmara e corre o risco de responder por falsa acusação caso não apresente provas.

A situação de Jamal é parecida com a de Edil, que também terá que provar as acusações. Os vereadores são investigados por suposta venda de votos para cassar Bernal. A negociação, segundo investigações, teria sido comandada pelo vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte, e pelo empreiteiro João Amorin.