Deputados impediram entrada de flechas 

Cerca de 30 índios da etnia terena tentaram entrar na manhã desta quarta-feira (25) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para acompanhar a sessão e protestar pela morosidade da CPI do Genocídio, que investiga a morte de índios em confrontos, mas foram barrados.

De acordo com informações, a ordem para barrá-los seria do deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB). Paulo Correa (PR) acusou “uma federação” de financiar a ida do grupo à Casa.

João Jorge disse que na portaria, eles foram informados de que não poderiam entrar por estarem sem camisa e com flechas. “Tentamos explicar que essas são as nossas roupas, mas nos impediram de ter acesso à Casa do povo”, alegou.

Os terena levaram cruzes de madeira, simbolizando a morte de 390 índios em conflitos por terra no Estado. “Quando é para acusar o índio, é rápido. Para investigar as mortes, tudo anda devagar”. Reclamou João.

O acesso aos índios só foi liberado ao final da sessão. Eles afirmaram que devem permanecer no local durante o dia como manifesto.