Igreja de Olarte se cala sobre pedido de prisão do líder

Pastor da Adna não quis comentar pedido do Gaeco 

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Pastor da Adna não quis comentar pedido do Gaeco 

A direção da igreja Adna do Brasil em Campo Grande se calou diante do pedido de prisão, autorizado pela Justiça, do prefeito afastado e pastor da igreja, Gilmar Olarte.

No final da noite de ontem (30), o desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva autorizou prisão temporária de Olarte, solicitada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O prefeito afastado é investigado pelo envolvimento em esquema de compra de votos para cassar prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), em março de 2014, e também é réu em ação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, caso que ficou popularmente conhecido como “cheque em branco”.

Desde início desta manhã, policiais militares acompanharam oficiais de justiça na tentativa de cumprir decisão de prisão, mas não conseguiram localizar Olarte, que agora é considerado foragido. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com integrantes da direção da Adna Brasil, na Capital, igreja fundada por Olarte em 2009 para saber qual postura será adotada pela Adna diante do pedido de prisão do pastor, que ainda é membro da igreja.

Primeiramente, a equipe foi atendida pelo pastor Munhoz, secretário da igreja, que se negou a falar e evitou tecer qualquer comentário sobre Olarte. O pastor, então, informou que era necessário conversar com pastor Jânio, que responde, oficialmente, pela Anda do Brasil.

Por telefone, o pastor Jânio se negou a conversar com imprensa e agendou entrevista pessoal para às 15 horas desta quinta-feira (1), porém ao chegar na igreja, a equipe foi informada que o pastor havia deixado prédio e não voltaria até final do dia de hoje. Ao questionar se havia possibilidade de conversar com outro representante da Adna Brasil sobre providências que igreja deverá adotar diante do pedido de prisão de um de seus membros, pastor Gilmar Olarte, a equipe do Jornal Midiamax foi informada que nenhum integrante da Adna Brasil, além do pastor Jânio poderá comentar o assunto.

Os escândalos envolvendo Gilmar Olarte já repercutiram de forma negativa entre comunidade evangélica anteriormente. Em agosto deste ano, a igreja Adna, de Mato Grosso, ingressou ação judicial exigindo exclusividade do uso do nome Anda. Conforme ação, a igreja do Estado vizinho reclama de prejuízos em decorrência da vinculação de seu nome à Operação Adna, desencadeada pelo Gaeco, que resultou em denúncia ao TJ (Tribunal de Justiça) contra Olarte.

A Adna de Mato Grosso cita na ação que, entre 2006 e 2009, Olarte foi membro da igreja. “Contudo, os problemas logo apareceram”, porque, conforme a petição, o pastor “passou a adotar entendimentos e condutas inadmissíveis segundo os parâmetros concebidos pela autora”. Em 2009, Olarte fundou Adna Brasil na Capital sul-mato-grossense.

 

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