Os interessados têm dois meses para ‘ganhar' os correligionários petistas

O ex-secretário de Obras de Campo Grande, Semy Ferraz, vai tentar o comando do PT no Estado. O petista já conversou com o ex-governador Zeca do PT, que sinalizou ser contra a candidatura do deputado federal não-reeleito Antonio Carlos . A futura cúpula do partido será definida em março.

São apenas dois meses para convencer os correligionários sobre sua candidatura. Mas, Semy espera uma escolha por consenso e sem disputa para garantir a união do partido. “Estou me colocando (candidato) por conta da história de consenso”, afirmou.

Semy deixou a secretaria no ano passado para dedicar-se à campanha do senador Delcídio do Amaral (PT), que foi derrotado por Reinaldo Azambuja (PSDB). Depois da derrota nas urnas, as lideranças tiveram de analisar a estratégia política. “Tivemos uma ampla discussão partidária e precisamos definir projeto estratégico para não cometer o erro do passado”, completa.

O pré-candidato disse ter conversado com o ex-governador Zeca do PT sobre seu nome na disputa. “Conversei com Zeca sobre qual leitura ele faz”, pontuou. A estrela maior teria demonstrado mais simpatia ao nome de Semy do que o outro possível candidato, Biffi. “Zeca se posicionou contrário ao Biffi que ele fez a leitura equivocada sobre a eleição”, disse.

Segundo Semy, o atual presidente regional e prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, abriu mão de conduzir o partido por causa de dificuldades para conciliar com o trabalho à frente da prefeitura. “Paulo abriu mão porque é difícil para ele administrar um município e conduzir partido”.

Um dos desafios apontado por Semy é alternar o grupo político dentro do partido e contornar a crise que foi o resultado da eleição do ano passado. “O debate não pode ficar restrito a um grupo. Temos de contornar a crise que é grande porque foi grande o debate sobre a campanha política”, finalizou.

A definição do novo presidente regional será em março, mas o mandato do atual dirigente vai até fevereiro de 2016. Paulo Duarte já anunciou sua saída antecipada, por isso a pressa do PT em escolher novo presidente.