Olarte tenta via Justiça receber salário

“Ele não está trabalhando e só tem direito a salário quem trabalha”, disse o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), a respeito do pedido do vice-prefeito afastado das funções de prefeito, Gilmar Olarte. Ele pleiteia na Justiça receber o salário de R$ 15.308,66, conforme a tabela da remuneração da Prefeitura, mesmo não exercendo o trabalho.

Olarte recorreu à Justiça, por meio de seu advogado, Jail Azambuja, para solicitar o retorno dele ao cargo de vice-prefeito e a respectiva remuneração do cargo. “Ocorre que , desde a recondução do ex-prefeito cassado ao cargo, operada naquela data (25 de agosto), o requerente não vem percebendo a respectiva remuneração do cargo, ao qual tem direito, independente de outras considerações”, diz um trecho do pedido.

Para Bernal, além de Olarte não estar exercendo a função de vice-prefeito, “prejudica os outros”. “Quem não trabalha e, pior, ainda prejudica os outros, esse, a meu ver, não merece receber o salário”, ressaltou.

O advogado de Gilmar Olarte já havia solicitado sua volta, mas o desembargador Julio Roberto Siqueira alegou incompetência para julgar o mandado de segurança e não autorizou seu retorno. Gilmar Olarte está afastado desde 25 de agosto de 2015, quando a Coffee Break, investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão contra o Crime Organizado), que apura se houve esquema de compra de votos para cassação de Bernal, em 2014, se tornou pública.

Mario Cesar, vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, também foi afastado na ocasião e só conseguiu retornar ao cargo com novo mandado de segurança na Justiça, no qual anexou sua carta de renúncia da presidência da Casa de Leis.Um dos argumentos para tirá-lo do cargo é que Mario poderia atrapalhar o andamento dos trabalhos do Gaeco.