Em Campo Grande cerca de 3 mil foram às ruas

Um dia depois de protestos contra o impeachment da presidente da República, Dilmar Rousseff (PT), em todo o Brasil, movimentos sociais se reuniram nesta manhã com a petista no Palácio do Planalto para reforçar recado passado nas ruas no final desta quarta-feira (16). Mas também houve cobrança em relação ao cenário econômico. O ato em Campo Grande reuniu cerca de 3 mil pessoas, de acordo com o presidente regional do PT, ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi.

Ele contou que nem mesmo a chuva afastou militantes de 35 municípios, além de representantes sindicais e de entidades. “A chuva castigou bastante, mas nosso objetivo era esse de unir interior e Capital”, disse. A concentração foi na Praça Ary Coelho com caminhada pelo centro da cidade. “Passamos pela 14 de julho, outras duas quadras e voltamos para a praça”.

O coro, reforçado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pedia “não ao golpe” referindo-se a abertura do processo de impeachment de Dilma que foi suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas deve voltar a tramitar na Câmara dos Deputados.

Os vereadores da bancada petista campo-grandense estiveram presentes, incluindo Thais Helena que teve mandato cassado sob acusação de compra de votos no pleito de 2012.

“As eleições e os seus resultados devem ser respeitados. Não existem atalhos para àqueles que querem chegar ao governo por outro meio, o único caminho seguro e estável é o voto popular. A Dilma foi eleita e deve ter seu mandato respeitado. Vamos resgatar o programa de nosso governo. Vamos consolidar ainda mais a democracia”, avaliou o vereador Marcos Alex.

Já hoje em Brasília a presidente recebeu 64 representantes da Frente Brasil Popular que reúne entidades da sociedade civil, organizações sindicais, parlamentares e intelectuais. O encontro durou pouco mais de três horas e contou com os ministros da Casa Civil Jaques Wagner, Secretaria de Governo Ricardo Berzoini, do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello.