Até hoje não se sabe quantos animais morreram

Os deputados estaduais da comissão que acompanha andamento da obra do estão neste momento na Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) responsável por fomentar quarentena dos peixes. Amanhã eles se reúnem com o proprietário da Anambi Análise Ambiental, Geraldo Augusto. A empresa cuidou dos animais durante o processo de quarentena. O intuito é reunir dados de ambos os lugares e cruzá-los para chegar à real situação em que se encontra o armazenamento das espécies. 

Até hoje não se sabe ao certo quantos peixes morreram. Em documento feito pela própria Anambi, os técnicos afirmavam que mais de 10 mil haviam morrido por vários fatores, entre eles a mudança de temperatura do ambiente. Depois, Geraldo alegou que se tratava apenas de uma estimativa, mas, na verdade, a mortandade atingiu cerca de 6 mil a 7 mil exemplares.

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) agora é responsável por mantê-los vivos e também não apresentou relatório indicando como quantos de fato estão vivos e o número de peixes mortos. Segundo o diretor de licenciamento, Ricardo Éboli, o documento ficará pronto ainda este mês.

Após reunirem todas as informações e chegarem ao diagnóstico, os parlamentares pretendem ir a campo, ou seja, no Aquário do Pantanal para averiguar quanto falta para conclusão da obra que se arrasta desde 2011. O ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), chegou a estimar inauguração, mas acabou terminando mandato sem fazê-lo. Inicialmente a previsão de investimento era de R$ 80 milhões, porém já foram gastos mais R$ 200 milhões até o momento.

Mesmo sem ter vencido processo de licitação, a Proteco Construções Ltda é a responsável pela obra desde 2014. O empreiteiro João Amorim é o dono a companhia e está entre os investigados pela Operação Lama Asfáltica que cumpriu 19 mandados de busca e apreensão na semana passada, inclusive na casa do empresário.