Corrêa diz que Giroto pode ‘estar incomodando alguém’

Deputados estaduais evitaram comentar sobre a Operação Lama Asfáltica, deflagrada nesta quinta-feira (9) com parte de investigações sobre suposto esquema de desvio de dinheiro público envolvendo empreiteiras.  Quem falou procurou defender o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o atual assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto (PR).

“Qualquer operação da Justiça tem que ser respeitada. Antes de acusar alguém, é preciso dar espaço para se defender. Acredito que há um viés político nesta situação, porque o Giroto se coloca como pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande e deve estar incomodando alguém”, disse Paulo Corrêa (PR).

Ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul, Giroto é apontado como novo presidente regional do PR no Estado – a posse está prevista para agosto. Derrotado em 2012, ele já disse que tentará viabilizar candidatura à Prefeitura da Capital em 2016.

Segundo Corrêa, o correligionário é “quem tem que se explicar” sobre a Operação Lama Asfáltica. “Falar é uma coisa, provar é outra. Tem que se dar espaço para o contraditório, vamos esperar que ele se explique”, pontuou.

Zé Teixeira (DEM) disse ter sido surpreendido com as notícias sobre a operação. “Até eu fui pego de surpresa, mas vamos aguardar o desfecho, eles vão se explicar e, se tem algo errado, deve ser apurado”, disse o demista.

Segundo Teixeira, “o Puccinelli e o Giroto sempre foram zelosos com as coisas públicas”. “Todos temos o direito de apresentar defesa”, emendou.

Outros deputados questionados sobre o assunto pela reportagem, durante a sessão desta quinta na Assembleia Legislativa, não falaram sobre o tema. Foram os casos de Felipe Orro (PDT), Pedro Kemp (PT) e Amarildo Cruz (PT) que, em linhas gerais, disseram ter tomado conhecimento do caso pela imprensa ou que ainda não sabiam da operação.