Oposição não viu nada de concreto

Os deputados estaduais, em sua maioria, ficaram satisfeitos com o primeiro ano da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). A base listou os problemas com aumento de impostos, mas não fez críticas pessoais ao tucano, avaliado como bom gestor.

“Não foi o que esperava, mas não foi culpa do Azambuja. O País está em recessão. Mas, mesmo com dificuldade, se olhar para a fotografia do Brasil, o Estado está em ordem”, avaliou o líder do PMDB, deputado Eduardo Rocha.

O deputado Zé Teixeira (DEM), um dos aliados de Azambuja na Assembleia,  deu nota oito para a gestão tucana, destacando algumas medidas que contrariaram a população. “A redução do imposto do diesel não chegou ao bolso do consumidor. Teve ação antipática, com aumento de imposto. Mas a nota é oito. Tem que fazer algumas revisões para diminuir o tamanho do Estado”, ponderou.

O presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB), também citou as dificuldades econômicas como entrave, mas destacou o equilíbrio das contas. Ele classificou a caravana da saúde como o carro-chefe da gestão de Azambuja.

A base foi bem mais contida que a oposição ao avaliar o primeiro ano de Azambuja. O deputado Pedro Kemp (PT) criticou a dificuldade do tucano em criar algo novo.

“O governo de Azambuja não tem conseguido inovar, apresentar projeto e fazer investimento. Está fazendo um arroz com feijão com muita dificuldade. Não apresentou nada de concreto, com exceção da caravana da saúde. Não está conseguindo empolgar a população”, criticou.

Azambuja possui 20 dos 24 deputados na base de sustentação dele na Assembleia, mas alguns têm mostrado maior independência. Mara Caseiro (PMB), Felipe Orro (PDT), Paulo Corrêa (PR) e o próprio Onevan de Matos, do mesmo partido dele, têm tomado posições diferentes da orientação do governo, mas dizem estar na base. Apenas os petistas se declaram oposição a gestão de Azambuja.