Deputado que ofendeu Campo Grande pede desculpa, mas não escapa de repúdio
Maranhense disse que Capital de MS é ‘pequena e sem expressão’
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Maranhense disse que Capital de MS é ‘pequena e sem expressão’
O deputado estadual maranhense Alexandre Almeida (PTN) receberá, nos próximos dias, uma moção de repúdio por parte da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O ato foi aprovado na sessão desta quinta-feira (14).
No dia 12 de maio, ao discursar sobre a concessão dos serviços de água e esgoto de Timon, município maranhense, Almeida disse que Campo Grande é “uma capital tão pequena que não tem nem expressão”. A mesma empresa que opera na cidade do interior maranhense seria, segundo consta, a responsável pelos serviços na Capital sul-mato-grossense.
“(A moção de repúdio) não é ao Estado ou à Assembleia do Maranhão, mas à fala infeliz do deputado”, comentou Angelo Guerreiro (PSDB), autor do pedido. Segundo o parlamentar, o colega maranhense teria entrado em contato com o Legislativo de Mato Grosso do Sul para pedir desculpas, dispondo-se até a fazê-lo e pessoalmente.
Mas, não foi o suficiente para desfazer o mal-estar. “Se (o deputado) tivesse oficializado isso, quem sabe (o pedido de moção de repúdio) poderia ser retirado”, comentou o tucano.
Discussão
A votação da moção de repúdio resultou em discussão entre os deputados, diante de um plenário lotado de professores da rede estadual. João Grandão (PT) comentou que, anteriormente, teve negado um pedido do mesmo tipo de ato, no caso contra o governador do Paraná, Beto Rixa (PSDB).
Nesta ocasião, o petista foi interrompido pelo presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB). Segundo o regimento, disse o colega, era necessário que o parlamentar mantivesse o foco no que estava sendo discutido.
Houve reação por parte de Pedro Kemp (PT). “O deputado tem o direito de falar. Está difícil exercer a democracia aqui, não pode isso, não pode aquilo. Não podemos tolher, senão vamos implantar a ditadura”, defendeu o colega de bancada de João Grandão, em discursos acompanhado de aplausos aos petistas e vaias a Mochi.
O peemedebista, por sua vez, disse que estava seguindo o regimento interno da casa. Sobrou até para Zé Teixeira (DEM), que rejeitou dar a vez na tribuna para o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Roberto Botarelli, pedido feito por Amarildo Cruz (PT).
Em seguida, o demista discursou reclamando o que chamou de “jogo para a plateia” dos petistas. “Simplesmente defendi que fosse cumprido o regimento”, encerrou Zé.
Por fim, Barbosinha (PSB) também reclamou dos petistas. Disse que João Grandão deveria se ater ao assunto em discussão e, em seguida, comentou que questões ideológicas, em favor ou contra o PT, não justificam “esculhambar o regimento”.
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