Investigada seria responsável por pagamentos

O Gaeco segue nesta sexta-feira (4) com as oitivas da Operação Coffee Break, que investiga possível organização para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal (PP). Nesta sexta-feira uma das protagonistas da investigação será ouvida pelo Gaeco. Elza Cristina Amaral, secretária do empreiteiro João Amorim, será interrogada na manhã desta sexta.

Elza Cristina foi citada em diversas escutas da Lama Asfáltica, que acabaram contribuindo para a Operação Coffee Break. Foi por conta das visitas a ela que a polícia deu nome à operação. Segundo a polícia, tomar um cafezinho com Elza seria a expressão usada para pegar dinheiro com o empresário João Amorim.

O Gaeco suspeita que os empreiteiros João Amorim e o João Baird, acompanhados de vereadores, teriam organizado um esquema para compra de votos ou promessa de cargos para cassar o mandato de Alcides Bernal. As investigações têm como base as escutas da Lama Asfáltica, que investiga favorecimento a Amorim na gestão de André Puccinelli (PMDB) e da Operação Adna, que levou o Gaeco a denunciar Olarte por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A Operação Coffee Break teve início com o afastamento de Mario Cesar (PMDB) da presidência da Câmara e de Olarte da Prefeitura de Campo Grande. No mesmo dia, Mario e outros vereadores foram levados até o Gaeco para prestar depoimentos.

Foram ouvidos os vereadores Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Carlão (PSB), Chocolate (PP), Edson Shimabukuro (PTB), Jamal (PR) e Gilmar da Cruz (PRB), o ex-vereador Alceu Bueno, João Baird e João Amorim e o ex-diretor do IMTI, Fábio Portela. Eles e os vereadores Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB) e Eduardo Romero (PTdoB) tiveram os celulares apreendidos pelo Gaeco.

Os policiais continuam as investigações por meio de oitivas. Também foram ouvidos os vereadores Ayrton do PT e Paulo Pedra (PDT), o deputado Cabo Almi (PT), o ex-secretaŕio de Planejamento de Bernal, Vanderlei Ben Hur e o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB). O ex-governador André Puccinelli (PMDB) também foi chamado, mas adiou o depoimento.

Elza será a última ouvida nesta semana, mas o Gaeco continua as oitivas nas próximas semanas. O promotor Marcos Alex Vera já adiantou que algumas pessoas que prestaram depoimentos poderão voltar ao Gaeco para esclarecer contradições apresentadas nas primeiras oitivas.