Bernal e Pedra admitem ceder cargos de 1º escalão para resgatar apoio do PT

Partido passou de aliado para independente

Na tentativa de convencer o PT (Partido dos Trabalhadores) a voltar a integrar a base aliada na Câmara, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) e o secretário municipal de governo e relações institucionais, Paulo Pedra, admitiram, na tarde desta quinta-feira (24) que é possível oferecer ao partido uma das duas pastas que ainda estão sem comando na administração atual.

Amanhã, completa-se um mês desde que Bernal retomou cargo de prefeito e faltam ainda definir nomes que vão comandar a Funesp (Fundação Municipal de Esporte) e Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres. O secretário explicou que existe possibilidade de usar pelo menos uma das pastas para resgatar apoio do PT.

No mesmo contexto Bernal também comentou sobre o assunto na noite desta quinta-feira (24).”Estamos em diálogo muito bom, tenho conversado bastante com o partido, inclusive com o diretório municipal, e creio num saldo positivo dessa aproximação”. Bernal não descartou, inclusive, que os dois nomes do primeiro escalão ainda indefinidos, das pastas Semmu e Funesp, possam ser preenchidos com indicações do PT. “Não temos nenhum nome definido, até porque para isso falta que a Câmara defina a presidência da Casa, para a partir daí a gente fazer uma composição política, de fato”.

O PT foi o principal partido de apoio de Alcides Bernal em 2014, tendo, inclusive o vereador Alex como líder do prefeito na Câmara, porém no dia 14 deste mês, o partido anunciou, oficialmente, a saída da base aliada de Bernal, e os três vereadores da bancada passaram a se declarar independentes. Sobre posição do PT em relação À possibilidade, a equipe de reportagem tentou conversar, por telefone, com os vereadores e dirigentes do partido, mas não obteve sucesso.

De olho nos pequenos em busca da governabilidade

Na busca pelo fortalecimento de uma base aliada na Câmara, o prefeito Alcides Bernal “elencou” algumas siglas que podem ajudá-lo a conquistar a tão sonhada governabilidade e evitar nova crise política como a de 2013.

De acordo com secretário de governo, Paulo Pedra, partidos como PSD (Partido Social Democrático) e PT do B (Partido Trabalhista do Brasil) têm sido considerados importantes aliados em potencial, mesmo que, por enquanto, os vereadores das respectivas bancadas se considerem independentes. “O PT do B, por exemplo, tem o Cury que é meu suplente, tem uma bancada forte, assim como PSD que também é importante, mas acima de tudo, acredito que hoje, não haverá na Câmara oposição acirrada, não vejo isso acontecer, até porque queremos conversar com todos, garantir governabilidade”.