Bernal diz que não pode escolher líder de partido que rompeu com Executivo

Ele ainda classificou a indepência do PT como ‘ansiedade’

Após anúncio de independência feito pelo Partido dos Trabalhadores em relação ao Executivo Municipal, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), alega que não pode escolher um líder que seja da sigla para representá-lo na Câmara Municipal. Antes do rompimento, o principal nome apontado era o do vereador Marcos Alex (PT) que já ocupou a função antes de haver cassação do radialista.

“Agora, como eu vou escolher meu líder de um partido que, como vocês (imprensa) estão dizendo, eu não li a nota, mas como vou escolher um líder político com alguém que rompeu comigo?”, questionou ressaltando que não leu nota oficial do PT informando independência.

“O PT é uma questão de ordem política que deve ser resolvido com diálogo e merece nosso respeito tanto quantos os outros partidos. Vamos de maneira gradual resolvendo esses problemas porque primeiramente nosso interesse é atender Campo Grande”, explicou.

Embora a sigla não admita, o que teria causado rompimento com o Executivo é a demora em conseguir espaço na atual administração. Antes da cassação do radialista, em março do ano passado, o PT ocupava as secretarias de Obras e Assistência Social. Agora a exigência seria de quatro pastas.

“A distribuição de espaço e cargos, nós temos muitos pedidos de todas as naturezas, mas faremos com critério. Tem que ser técnico isso aí, mas as reclamações a gente tem que ouvir”, avaliou. Para evitar mais rupturas e sanar o ‘climão’ com o PT, Bernal se reuniu com o ex-governador do Estado e deputado federal Zeca do PT, com o senador Delcídio do Amaral (PT), além de manter contato com a bancada municipal composta por Marcos Alex, Thais Helena e Ayrton Araújo. “Talvez haja uma ansiedade aí, mas nada que um bom diálogo n]ao resolva”, finalizou.