Projetor alteraria forma de eleição de vereadores e deputados

Os deputados estaduais comentaram nesta quarta-feira (27), a derrubada de uma das propostas de reforma política em análise no Congresso Nacional, o chamado ‘distritão’ que alterava a atual forma de eleição de deputados e senadores, fazendo com que os mais votados numericamente ocupassem as cadeiras nos parlamentos.

“É injusto. Vejo com tristeza. Não faz sentido um cara que recebeu 70 mil votos não ser eleito e um com 18 mil ser”, explicou o deputado Marquinhos Trad (PMDB), opinião semelhante à de sua colega de bancada e correligionária, Antonieta Amorim.

“Prevalece a vontade do povo”, disse a peemedebista.  Outro favorável, o republicano Paulo Correa acredita que a mudança poderia oxigenar o ambiente político, já que garantiria espaço para novos parlamentares que conseguissem mais votos.

Para  Beto Pereira (PDT), o atual modelo proporcional, que leva em conta o cálculo do quociente eleitoral para definir uma vaga no parlamento, fortalece os partidos políticos. “Sou contra o distritão porque não valoriza as agremiações partidárias. As eleições ficaram personalistas e perdem o conteúdo programático. Sou a favor da proporcional, mas com o fim das coligações”, frisou o pedetista.

Na mesma linha de Pereira, o petista Amarildo Cruz também é contra a proposta. “É um retrocesso do ponto de vista participativo, propicia a quem tem mais dinheiro a vitória nas eleições”, pontuou.

Defensores da tese, como o deputado Marcio Fernandes (PTdoB) e Eduardo Rocha (PMDB), acreditam que além de garantir vaga aos mais votados, o ‘distritão’ poderia tornar menor o investimento nas campanhas. “Vai eleger quem tem voto e barateiar a campanha também”, finalizou o peemedebista.