Após operação da PF, peemedebistas apostam em currículo de candidatos
Líderes esperam consideração da população
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Líderes esperam consideração da população
A Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal e Controladoria Geral da União, colocou o PMDB em uma situação bastante frágil, restando pouco mais de um ano para próxima eleição. A investigação tem como base contratos feitos na gestão da maior liderança do partido, ex-governador André Puccinelli (PMDB), com o empresário João Amorim, um dos maiores doadores de campanhas do PMDB.
Cientes de que a exposição não é nada agradável, peemedebistas apostam na compreensão do eleitos para evitar derrotas significativas nas próximas eleições. “Hoje as pessoas votam em candidatos. Não votam em partido mais. Na própria Lava Jato a gente vê falar do PT, PP e do PMDB. Mas, as pessoas vão votar em gente preparada. Gente sem currículo não serve”, apostou o líder do PMDB na Assembleia, Eduardo Rocha.
O deputado lembra o caso de Campo Grande, avaliando que a população não vai querer cometer o mesmo erro na próxima eleição. “Você há de convir comigo que a população votou em voz bonita e bom discurso. “Qual o currículo do Bernal (Alcides Bernal) e do Olarte (Gilmar Olarte)? Deu no que deu. Vão querer saber o que esta pessoa já fez e administrou”, apostou.
Apesar de concordar que o momento é complicado, o deputado prefere aguardar as investigações antes de se pronunciar. “Já viu eu falar alguma coisa sobre a Lava Jato? É duro condenar uma pessoa ou deduzir que cometeu crime e lá na frente ser absolvida. Pode ser absolvida na Justiça, mas é um grande destaque. Quero acreditar que os envolvidos não tenham nada a ver. Agora, depende da apuração”, concluiu.
O presidente da Câmara de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), entende que o problema é institucional e afeta todo o País. Ele não acredita que o PMDB será o único alvo, em virtude desta operação.
“Vai afetar a qualquer um. Hoje são tantos partidos que a própria sociedade não sabe qual é o partido. Só vê o número. Hoje as pessoas votam na pessoa. A identidade partidária perdeu um pouco. O que tem que se fazer na reforma política, e não na reforma de eleição, é identificar os valores de cada partido. Hoje tem voto na pessoa, independente”, avaliou.
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