Após Justiça negar afastamento, vereadores baixam tom contra Bernal

‘Ordem judicial não se discute’, disse um dos parlamentares

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‘Ordem judicial não se discute’, disse um dos parlamentares

A decisão da Justiça de negar o afastamento do prefeito, Alcides Bernal (PP), mudou o tom do discurso de vereadores na Câmara Municipal de Campo Grande. Dois dias atrás, a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o pepista levou o presidente da casa, Flávio César (PTdoB), a dizer que ela confirmava os motivos que levaram à cassação do chefe do Executivo, pelo legislativo, em março de 2014, enquanto agora a linha de parlamentares é de respeito à decisão judicial.

Para Chiquinho Telles (PSD), por exemplo, que na terça-feira (6) relacionou a denúncia do MPE ao que chamou de falta de atitude do prefeito, o tema tem de ficar a cargo da Justiça. “ É uma ordem judicial e ordem judicial se acata, não se discute. O juiz avaliou o que tinha que avaliar e temos de respeitar”, disse.

A opinião é em relação ao julgamento do juiz Marcelo Ivo de Oliveira, que indeferiu pedido de liminar que cassaria Alcides Bernal. Segundo a decisão, não há nos autos provas suficientes para tirar temporariamente o radialista da administração municipal.

Para o vereador João Rocha (PSDB), os poderes devem manter sua independência e a decisão deve ser respeitada. “Respeito o judiciário da mesma forma que quero ser respeitado como vereador. Minha posição em relação à cassação é a mesma da casa. Prefiro aguardar os desdobramentos judiciais”, ponderou.

A bagunça no cenário político também continua no discurso. “Só espero que tudo se resolva para que o prefeito não tenha que viver com uma espada na cabeça. Toda essa dúvida gera uma instabilidade emocional e comportamental, que implica na forma como o administrador irá conduzir a cidade”, disse Eduardo Cury (PTdoB), ressaltando que Bernal também foi reconduzido ao cargo de prefeito de modo legal, por decisão da Justiça. (Com supervisão de Waldemar Gonçalves)

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