Antonieta nega ligação com irmão de quem ganhou R$ 1,4 milhão
Antonieta recebeu R$ 1,4 milhão da Proteco para campanha de 2014
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Antonieta recebeu R$ 1,4 milhão da Proteco para campanha de 2014
Embora tenha recebido doação de R$ 1,4 milhão da empreiteira Proteco para campanha que a elegeu deputada estadual, a ex-primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Amorim (PMDB), nega ter contato profissional com o irmão, João Amorim, suspeito de ser beneficiado com licitações no Governo do Estado e Prefeitura da Capital nas gestões de André Puccinelli (PMDB) e Nelson Trad Filho (PMDB) respectivamente. O empresário é um dos investigados pela Operação Lama Asfáltica e teve mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência ontem pela manhã.
“Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não tem problema nenhum de ser meu irmão, mas nossa vida é completamente separada. Eu cuido do meu mandato, nem estava sabendo dessa operação porque ontem fui de madrugada para Dourados receber o vice-presidente Michel Temer”, disse. A Proteco, uma das empreiteiras de Amorim, sempre esteve presente nas doações de campanha feitas ao PMDB.
Ano passado, por exemplo, além do 1,4 milhão destinado à irmã, outros R$ 386 mil foram doados ao ex-cunhado Nelsinho Trad que disputou sucessão estadual pelo PMDB. Em 2012, quando o então peemedebista Edson Giroto lançou candidatura para Prefeito de Campo Grande, mais uma vez a Proteco foi generosa e ofertou ao comitê único do PMDB outros R$ 1,4 milhão. “As contas de campanhas estão aprovadas, meu mandato e o partido não têm nada a ver com essas licitações. Não tenho a menor ideia do que se trata essa operação”, esclareceu a deputada.
Ela fez questão de ressaltar ser favorável ao cumprimento da lei e a qualquer tipo de investigação, mas ponderou que não se pode julgar sem saber da realidade. “Meu mandato não está comprometido, nem o partido. Licitação é licitação e se alguém perdeu e se sentiu incomodado pode recorrer. Tem que provar, não dá para julgar sem saber”, afirmou. Ainda em 2014 mais R$ 386 mil foram doados pela empreiteira ao comitê peemedebista.
Com seis contratos firmados ainda na gestão de Nelsinho, as empresas Proteco Construções Ltda. e LD, de propriedade de Luciano Dolzan, genro de Amorim, ‘abocanharam’ pelo menos R$ 18,7 milhões apenas para o serviço de tapa-buraco. Como cada contrato pode ser aditivado em até 25%, esses valores podem ultrapassar R$ 23,3 milhões. Oficialmente o casamento entre o ex-prefeito e Antonieta acabou no final de 2013 quando ele terminava seu segundo mandato no Executivo.
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