Briga se inicia no começo do ano

 

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve ter um próximo ano muito mais complicado do que o primeiro de gestão. Isso porque além do ano eleitoral, ainda pode enfrentar ofensiva do PMDB, dependendo do resultado da Lama Asfáltica, que investiga o governo de André Puccinelli (PMDB).

O secretário de Obras de Azambuja, Marcelo Migliolli, forneceu a auditoria que mais compromete a gestão de Puccinelli. Os peemedebistas chegaram a procurá-lo para tirar satisfação, mas acabaram entrando em acordo, dando tempo até o resultado da operação. Caso Puccinelli venha a ser sangrado, o PMDB pode vir até a sair da base, o que seria bem prejudicial a Azambuja.

Hoje o PMDB consegue ser mais fiel que o próprio PSDB na base de Azambuja. Os peemedebistas não votaram contra nem aumento de imposto. Diferentemente do PSDB, onde Onevan de Matos e Flávio kayatt, por exemplo, votam contra até vetos do governo.

Com seis deputados na Assembleia e mais alguns aliados antigos, o PMDB pode ameaçar o governador, caso queira partir para ofensiva. Junto com os quatro petistas, eles deixariam o governo na berlinda, visto que Azambuja ainda enfrenta problemas com deputados pouco participativos. É o caso de Mara Caseiro (PMB), Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PDT), que votam de maneira mais independente.

Além da operação, Azambuja ainda pode enfrentar problemas com a eleição. A situação mais polêmica envolve Dourados. O PSDB tem Marçal Filho como pré-candidato a prefeito, o que desagrada dois deputados da base: Barbosinha (PSB) e Zé Teixeira (DEM). Marçal não é amigo da dupla e ainda será adversário, o que tem abalado a relação. Zé Teixeira esperava retribuição de Reinaldo, por ter sido um dos maiores aliados dele na briga pelo governo.

Azambuja também terá vida difícil em Campo Grande, onde quatro deputados da base dele planejam se candidatar a prefeito: Marquinhos Trad (PMDB), Mara Caseiro (PMB), Marcio Fernandes (PTdoB) e Felipe Orro (PDT). Ele pode encontrar problema se escolher um dos quatro ou se lançar Rose Modesto (PSDB). Nesta hora ele saberá se os parlamentares conseguirão separar eleição da fidelidade ao governo.