Ameaça de paralisação de professores pode aumentar crise na gestão municipal
Prefeito tenta reverter adversidades e virar o jogo
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Prefeito tenta reverter adversidades e virar o jogo
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), não vive dias fáceis. Após um ano de gestão, o prefeito já não conta com a simpatia de boa parte dos vereadores e vive uma crise que ganha novos ingredientes a cada dia. A ameaça de paralisação de professores, que recebem um dos maiores pisos do país, pode ser um ingrediente a mais na gestão municipal.
São vários problemas que, separados já dariam muita dor de cabeça, mas que juntos implodem uma crise sem tamanho na gestão. A maior dificuldade de Olarte está na crise financeira. Ela provoca greve de professores, de médicos e insatisfação de servidores, que não se conformam com cortes de salários e falta de reajuste.
A greve fragiliza a gestão porque atinge setores considerados essenciais, como Saúde e Educação. Assim, além de servidores, a insatisfação pode atingir diretamente a população, que sofre com falta de atendimento.
Os problemas financeiros somam-se a pelo menos três processos judiciais que também assombram o prefeito. Ele responde a um processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; uma ação por suposto funcionário fantasma, quando ainda era vereador de Campo Grande e um pedido mais recente feito pelo Ministério Público, por enriquecimento ilícito.
A dificuldade financeira e os processos se transformam em prato cheio para oposição, que já conseguiu emplacar a CPI das Contas Públicas e agora tenta uma Comissão Processante. Eles aproveitam o momento difícil da gestão para tentar convencer os colegas de que não há mais condições de Olarte continuar.
A oposição aposta na debandada da base para conseguir aprovar o pedido de Comissão Processante. Atualmente eles são representados por sete e entendem que não terão dificuldade para conquistar mais oito votos, chegando a 15. No raciocínio deles, este número seria suficiente para iniciar a investigação.
Os dias difíceis de Olarte também têm como ingrediente a proximidade com as próximas eleições. Partidos que até alguns dias não se intrometiam no mandato dos vereadores, agora já pedem afastamento, visto que têm interesse de lançar candidatos próprios. Eles temem que a proximidade com o prefeito possa prejudicar uma eventual candidatura.
Em meio à crise, o prefeito vai tentar respirar nos próximos dias. Mesmo com pouco recurso, Olarte vai quer lançar algumas obras para tentar acalmar os ânimos da população, mas também dos vereadores, que o ameaçam com a cassação. Apesar das dificuldades, o prefeito tem dito que segue tranquilo e atribui ataques a “oposição raivosa”. Ele, inclusive, prometeu tolerância zero com quem utilizar redes sociais e outros artifícios para quem tentar “manchar” a vida dele e da família.
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