Prefeito enfrenta crise em setores importantes

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), vive momento de grande instabilidade. Alegando crise financeira, o prefeito fez vários cortes na área da Saúde e Educação, que desagradaram servidores e implodiram uma crise geral, com ameaça de greve e até a saída da Secretária de Educação, Ângela Brito.

A secretária, que  anteriormente havia ameaçado sair quando virou notícia nacional ao anunciar redução no horário de Centros de Educação Infantil, pediu demissão do cargo, alegando que os cortes prejudicam o trabalho e inviabilizam a gestão.

Olarte também enfrenta insatisfação com médicos, que ameaçam greve na próxima quarta-feira (6) e com grande parte dos servidores da Saúde, que estão insatisfeitos com cortes nos plantões, que diminuem drasticamente a renda.

A crise nos dois setores, considerados cruciais, fica ainda mais preocupante com a possibilidade de greve geral de servidores. O presidente do Sisem, Marcos Tabosa, não aceita menos de 10% de reajuste e também promete greve.

A crise já está provocando reflexos na Câmara de Campo Grande. Na última sessão vários vereadores da base de sustentação de Olarte reclamaram da crise financeira. Eles estão preocupados com o Município, que pela primeira vez após vários anos, cogitou até parcelar o salário de servidores. Os vereadores da base cobram demissão de vários comissionados para reajustar as contas.

A prefeitura, por sua vez, alega que herdou problemas criados por gestões passadas, citando como exemplo a redução do repasse de ICMS, da parte de André Puccinelli (PMDB), aumento dado a professores, na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), e até reajuste de 17% dado por Alcides Bernal (PP) aos servidores.