Vereadora de oposição quer cortar 30% dos cargos comissionados na Prefeitura da Capital

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) usou a palavra na tribuna nesta terça-feira (10) para criticar as mais de 1,2 mil nomeações feitas pela administração do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte. A parlamentar da oposição afirmou que vai propor uma emenda ao orçamento cortando 30% dos cargos. Segundo Luiza, desde a posse de Olarte, no […]

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A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) usou a palavra na tribuna nesta terça-feira (10) para criticar as mais de 1,2 mil nomeações feitas pela administração do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte. A parlamentar da oposição afirmou que vai propor uma emenda ao orçamento cortando 30% dos cargos.
Segundo Luiza, desde a posse de Olarte, no dia 14 de março até o dia 30 de maio, 1.286 pessoas foram nomeadas na Prefeitura. Somente na Secretaria de Governo e Relações Institucionais foram nomeadas 364 pessoas em cargos comissionados.

“Somente com DCA-1, que é o salário de um secretário-adjunto, são dez pessoas comissionadas. Gente com o mesmo salário de secretário”, afirmou, mostrando indignação. Pela sigla, o vencimento corresponde a R$ 4.719,11, podendo ter um acréscimo de até 100% e chegar a R$ 9.438,22.

A nomeação do ex-jogador do São Paulo e da Seleção Brasileira Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido como Müller, também foi criticada pela vereadora.

“A PGM tem 62 comissionados, a Sedesc, comandada por Edil Albuquerque, que comandou a investigação que cassou o prefeito Bernal tem 62, a Receita e o IMPCG 35 cada, a Semadur 71 e a Guarda Municipal 21 pessoas nomeadas nesses dias”, contabilizou.

Os salários de funcionários da comunicação da Prefeitura também foram criticados por ultrapassarem os R$ 10 mil. “O nosso prefeito não respeita o dinheiro dos outros. Por isso vou encaminhar esse levantamento ao Ministério Público e propor um corte de 30% dos cargos comissionados no orçamento”.

‘Mais trabalho’

Em resposta às duras críticas da vereadora em relação a gestão de Olarte, o vereador Carlão (PSB) disse que não há comparação entre a quantidade de trabalho realizado na gestão do atual prefeito e do prefeito cassado.

“Não podemos comparar o funcionamento da máquina agora com o da administração de Bernal. A vereadora fez parte da gestão de Nelsinho Trad e de Bernal e não fez o mesmo levantamento. Também deveria ter fiscalizado isso quando era da administração deles”.

Chiquinho Telles (PSD) disse que a Semadur é uma das maiores secretarias da prefeitura. “É uma das maiores secretarias, responsável pelo crescimento da cidade. É o coração e o pulmão da cidade, assim como a Planurb”.

Para Chiquinho, trabalhos que não tinham andamento na administração de Bernal porque não tinha pessoas capacitadas foram acelerados na gestão de Olarte. “Time que não tem jogadores bons não ganham o campeonato e um jogador bom custa caro”.

 A vereadora disse que a intenção dela não é criticar a administração de Olarte. “Embora ele tenha um monte de defeitos, não sabe usar os recursos públicos. Eu desafio os vereadores a irem à Segov ver se existem por lá 360 servidores”.

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Agência Brasil
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