Vereadores que estão na base aliada, mas já demonstraram por diversas vezes descontentamento com a administração, vão decidir o futuro de Campo Grande

O futuro de Campo Grande está nas mãos de seis vereadores, que foram classificados como a “base ampliada” do prefeito , mas já demonstraram por diversas vezes descontentamento com a administração e com o tratamento recebido pelo chefe do Executivo. Eles é que vão fazer a diferença na votação da sessão que poderá cassar o mandato de Bernal.

Hoje, o prefeito com o apoio de 12 vereadores, mas apenas seis estão com ele desde o início. Como o prefeito precisará do apoio de 10 dos 29 vereadores, a salvação do seu mandato dependerá justamente da base ‘flutuante' composta pelos vereadores Carlão (PSB), Paulo Pedra (PDT), Edson Shimabukuro (PTB), Alceu Bueno (PSL), Chocolate (PP) e Jamal (PR).

O vereador Edson, por exemplo, conseguiu emplacar Jean Saliba no comando da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas tem exigido a nomeação de outros engenheiros para permanecer na base de apoio do prefeito.

Já o vereador Paulo Siufi (PMDB), que chegou a dar demonstrações favoráveis a Bernal, garantiu, na última quinta-feira (6), que votará pela cassação do prefeito. Ele foi presidente da CPI do Calote, que deu origem à Comissão Processante. Ele disse estar convencido das irregularidades e que vai votar de maneira coerente.

O processo de cassação do prefeito Alcides Bernal foi retomado após decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer, suspendendo o acórdão do desembargador João Batista Costa Marques que havia interrompido os trabalhos da Comissão Processante.