O presidente da Comissão Permanente de Cultura da Câmara de Campo Grande, vereador Chiquinho Telles (PSD) realiza audiência pública para debater gastos da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), de janeiro de 2013 e março de 2014, antes da instauração da CPI da Folia.

Os vereadores vão apurar possíveis desvios de verbas no pagamento de artistas nacionais e a contratação de uma única empresa que movimentou grandes montantes de dinheiro público. Segundo Chiquinho, são cerca de 100 artistas que estão sem receber valores que variam entre R$ 300 e R$ 1.500.

Chiquinho disse que a atração Terra Samba recebeu segundo documentação o valor de R$ 231 mil, mas o orçamento para o mesmo show consta o valor de R$ 25 mil. As possíveis irregularidades foram constatadas em auditoria da Fundac.

Conforme o levantamento da fundação, a auditoria aponta existência de contratos com sobrepreço, pagamentos sem licitação, despesas sem empenho prévio e escolha de fornecedores de forma direcionada.

Entre outros termos levantados, o mais grave é a contratação da microempresa Eco Vida Prestadoras de Serviços. A empresa teria recebido R$ 865 mil só para contratação do grupo Terra Samba e dos shows na Avenida Fernando Corrêa.

De acordo com o levantamento, neste ano os gastos com o Carnaval da Capital tiveram aumento de quase 74% se comparado a 2012 com gastos aproximados de R$ 1 milhão somente com bandas e artistas carnavalescos.