Assim que assumiu a presidência da Câmara, o vereador Mário César (PMDB) informou que faria algumas mudanças nas sessões. Uma delas seria a proibição de sessões solenes no horário da sessão normal, que acontece só três vezes na semana: terça, quarta e quinta-feira.

A mudança de Mário César agradou quem critica os vereadores, dizendo que eles deveriam trabalhar mais. Porém, pelo visto, desagradou os parlamentares. A proibição de solenidades no horário das sessões só durou dois meses e os vereadores já voltaram a entregar prêmios em um dos dias de trabalho.

Nesta semana os vereadores usaram um dia das sessões para fazerem uma homenagem ao “Dia do Artista Regional”. A assessoria de imprensa alegou que a sessão não foi realizada no período noturno porque a maioria dos artistas trabalha a noite e não poderia comparecer. Todavia, na próxima semana, os vereadores vão fazer nova sessão no horário de trabalho comum.

Está agendado para quarta-feira (17), às 9 horas, uma sessão solene para a entrega do Prêmio Domingos Veríssimo Marcos, em comemoração ao Dia do Índio, celebrado nacionalmente no dia 19 de abril. Na ocasião, serão homenageadas pessoas que têm como principal trabalho a luta pela defesa dos povos indígenas nos municípios.

Desde que assumiu, o presidente da Câmara fez algumas mudanças: uma delas é a derrubada do Hino Nacional. Os vereadores não precisam mais cantar o Hino Nacional antes das sessões de terça-feira. A mudança não atinge muito os vereadores, visto que raramente um deles participava do ato.

Mário César também tentou proibir acesso da imprensa ao gabinete, via plenário. Porém, após várias reclamações, ele entendeu que não tinha necessidade. Um ponto positivo para a nova gestão é a mudança no horário das sessões. Com oito vereadores a mais, elas deixaram de começar, irregularmente, às 10 horas, e voltaram começar conforme o regimento, às 9 horas.

Durante as sessões o presidente ainda tenta manter o controle dos vereadores. Com ex-presidentes fora da Mesa Diretora, Mário César tem trabalho para fazer valer o regimento e impedir abusos. Recentemente, o vice-presidente Flávio César (PTdoB) desrespeitou a presidente em exercício, Luiza Ribeiro (PPS), e ocupou, aos berros, o microfone de aparte. Este microfone, inclusive, é alvo de constantes reclamações. Os vereadores não costumam respeitar o tempo e regimento e falam livremente sobre vários assuntos, mesmo que em horas inoportunas.