Por editais viciados e falta de planejamento, vereadores votam cassação de Bernal no dia 26

Os 29 vereadores devem votar na quinta-feira (26) pela cassação ou não do mandato.

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Os 29 vereadores devem votar na quinta-feira (26) pela cassação ou não do mandato.

Prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal deve encarar na quinta-feira (26) a votação dos 29 vereadores pelo relatório da Comissão Processante, indicando a cassação do mandato do líder do executivo municipal.

Em 104 páginas, os vereadores Edil Albuquerque (PMDB), Flávio César (PT do B) e Alceu Bueno (PSL) indicam inaplicação dos princípios básicos que norteiam uma administração, como editais viciados, inversão na ordem de pagamentos, ausência de planejamento e fabricação de emergência para contratos sem licitação.

Com isso, ficou indicada a cassação de Bernal, com votação marcada para quinta-feira (26) às 8h, na Câmara de Campo Grande. Os 29 vereadores já foram convocados para uma situação nunca vista nos 114 anos da capital de Mato Grosso do Sul.

Em coletiva realizada nesta terça-feira (24) para apresentar o relatório, os vereadores disseram que Bernal ainda tentou culpar seus secretários municipais. “Essa é uma atitude covarde, além de ser uma confissão, que materializa prática de improbidade”.

No relatório, os vereadores relatam que os contratos evidenciam emergências ilusórias ou fabricadas. “Contratos ainda que emergenciais devem preservar a legalidade e licitude”.

O pedido de cassação foi feito baseado na conclusão de que o prefeito teve atitude ilícita e imoral, que fogem do padrão de legalidade e moralidade exigidos e procede de modo incompatível com o decoro do cargo.

Alceu Bueno , membro da Comissão, disse que votou de maneira tranquila, sem nenhuma culpa de consciência. “Tenho a mente limpa e pura, sem nenhum temor de que fiz o trabalho errado”.

Relator, Flávio César também alega tranquilidade. “Fizemos um trabalho para que pudesse ser mostrada acima de tudo a verdade. Espero que a justiça seja feita”.

Presidente da Comissão, Edil Albuquerque disse que a reunião da manhã desta terça-feira (24) foi lavrada em ata e que todos os passos da Comissão estão dentro da legalidade.

Presidente da Câmara, o vereador Mário César  relatou que recebeu com pesar a indicação da Comissão. “A sociedade pediu mudança comportamental. Tanto que elegeu um novo prefeito e novos 16 vereadores dos 29 da Casa que teriam que ter vindo para contribuir para o melhor e agora precisamos votar a cassação do prefeito”.

Todos os vereadores foram notificados para a sessão extraordinária desta quinta-feira (26), que promete ser histórica para Campo Grande.

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