Para Jerson, falta maturidade e responsabilidade nas relações de Bernal com vereadores
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) avalia que está faltando maturidade e responsabilidade entre os poderes executivo e legislativo de Campo Grande. Para Jerson, caso os vereadores decidam pela cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), o processo vai para o judiciário e ai sim vai ser instaurada uma verdadeira guerra entre […]
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O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) avalia que está faltando maturidade e responsabilidade entre os poderes executivo e legislativo de Campo Grande. Para Jerson, caso os vereadores decidam pela cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), o processo vai para o judiciário e ai sim vai ser instaurada uma verdadeira guerra entre os poderes, onde quem sai prejudicado é o povo.
“Não tenho bola de cristal, mas se a comissão se instalar e a decisão for pela cassação de Bernal, ele não fica fora da prefeitura 24h porque a decisão de aprovar a decisão dos vereadores é do Tribunal de Justiça, que talvez não faça um julgamento jurídico no seu primeiro momento, pela responsabilidade que tem”, frisou.
Para o deputado, em sua avaliação política, é bem provável que Bernal consiga uma liminar para se manter na prefeitura até o julgamento do mérito e ai sim, nesse meio tempo a guerra será instaurada.
“Não sou desembargador, por isso não posso falar com propriedade sobre isso. Mas na minha avaliação política, o TJ concederá liminar pro Bernal reassumir até que se julgue o mérito da questão. Agora quanto tempo isso vai perdurar e o que vai acontecer, não sei. Mas quando se tomar uma medida como essa, a hipótese de cassar o Bernal, o TJ concedendo liminar, julgando mérito, ai sim vai ser uma guerra explícita entre executivo e legislativo. E só tem um perdedor nessa história: a população”, analisa.
Questionado se poderia de alguma forma ajudar o prefeito a recompor sua base, Jerson disse que não sai em defesa do prefeito, mas que como homem público está à disposição de que ‘as coisas se arrumem’.
“Eu não saio em defesa do Bernal. Não votei nele, não apoiei a candidatura, mas o revanchismo eu deixo de lado. Ele foi eleito, é o prefeito escolhido pela população e cabe a mim como homem público tentar ajudar administração no que eu puder fazer. Não computo a quem seja a responsabilidade de as coisa estarem como estão, mas tem que sentar resolver a acabar com as diferenças ideológico partidárias políticas”, frisa.
Sobre como deveria ser feito esse trabalho, Jerson diz que diverge da posição de um conselho político, mas que precisa de um elemento com ação política.
“Nunca fui muito favorável a conselho e comissões. Para mim, o Bernal precisa de um elemento com ação política, que tenha autonomia dentro da prefeitura pra discutir as questões políticas de interesse do executivo, para se comunicar com o legislativo e outros poderes, enfim, o que faz parte de uma administração publica. Falta um agente para manter essa boa relação”, encerra Jerson.
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