Com a demissão de Gustavo Freire do cargo de auditor fiscal da Receita no Estado, membros da base do prefeito (PP) fogem das perguntas da imprensa e somente o líder do prefeito, Alex do PT, admite a necessidade de “repensar” Freire nos cargos de secretário municipal de Receita e de Governo.

“É uma situação nova, mas que sempre foi trabalhado a ideia da presunção da inocência. Se foi demitido do cargo é lógico que tem que ser pensado nisso. Acho que merece uma nova análise”, alegou Alex.

Além disso, ele alfinetou a oposição, dizendo que se fosse para seguir o critério de julgar antes de ser condenado, muitos do primeiro escalão do governador André Puccinelli (PMDB) já estariam fora. “Muitos são investigados e nem por isso são condenados”, afirmou.

O Cazuza (PP) se limitou a dizer que tem que conversar com o prefeito antes, de opinar. Já Zeca do PT também não quis se pronunciar por “nem conhecer Freire”. Gilmar da Cruz (PRB), que também é da base, fugiu da pergunta e disse que “depois conversa”, demonstrando constrangimento com a situação.

Freire respondia a um processo na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul por fraude na época em que atuava na cidade de Corumbá. Ele, um empresário e dois despachantes aduaneiros são acusados de receber e pagar propina para a liberação de cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos ou marcação de mercadoria. O prejuízo à União ultrapassa R$ 1 milhão.