Cassação é ‘zombar da inteligência’ e tentativa de desviar o foco da saúde, diz Bernal

Para Bernal, além de zombar da inteligência do povo, oposição não aceita a derrota nas urnas e faz uso político da comissão

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Para Bernal, além de zombar da inteligência do povo, oposição não aceita a derrota nas urnas e faz uso político da comissão

O prefeito Alcides Bernal (PP) reagiu, nesta sexta-feira (10), a decisão da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, que decretou improbidade administrativa em seis decretos e cogitou sua cassação. Para ele, a teoria é “zombar da inteligência do povo” e pura tentativa de desviar o foco da saúde, alvo de escândalos de corrupção em Campo Grande.

“Vou tomar as providências cabíveis tanto na esfera administrativa quanto judicial e vou cobrar responsabilidade desses vereadores, porque, em quatro meses de administração, querer colocar clima de escândalo e dizer que vai cassar o prefeito, só porque pedi que instalasse a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Isso, para mim, desrespeita o povo e zomba da nossa inteligência”, avaliou Bernal.

Além disso, ele considerou que a oposição não aceita a derrota nas urnas e faz uso político da comissão. “Percebe-se claramente que os vereadores transformaram a Comissão de Finanças e Orçamento, que é uma comissão técnica, em uma comissão de interesses politiqueiros, querendo prejudicar a nossa administração e desviar o foco”, comentou.

Para o prefeito, a Câmara deveria concentrar forças em elucidar irregularidades na saúde para oferecer um serviço de qualidade à população. “Hoje os vereadores deveriam estar investigando a saúde pública, vendo os problemas graves que estão acontecendo. O orçamento deve ser fiscalizado, agora, em quatro meses, querem suscitar uma questão que, do ponto de vista técnico, já foi resolvida e o pior usar isso para dizer que seremos cassados é lamentável”, disse.

Bernal ainda comentou que basta “olhar o histórico de cada um desses vereadores” para entender as respectivas posturas. “Flávio César (PTdoB) era líder do ex-prefeito (Nelsinho Trad), que era o responsável pelo repasse de recursos à saúde, sendo objeto de investigação. Os demais, todos da base do governador (André Puccinelli) e do ex-prefeito, então, a gente entende que é politicagem pura e tentativa de desviar o foco, tudo o que o povo não quer, uma barbaridade”, afirmou.

Para reforçar sua teoria, o prefeito informou que, conforme relatos, os vereadores da comissão não deram direito de defesa. “O Alceu Bueno (PSL) me ligou e pediu desculpas pelo voto e disse que pediu vistas do relatório, antes que fosse lido e lhe negaram o direito. Disse também que o Alex (do PT) foi impedido de falar”, relatou. “Então, a gente percebe claramente que os vereadores de oposição estão querendo transformar a Câmara Municipal numa ferramenta de interesses próprios e também do grupo político que perdeu a eleição”, emendou.

Em relação aos seis decretos, Bernal reforçou que se tratam de suplementações e não de remanejamentos, como insistem os vereadores. “São suplementações que estão dentro do limite previsto que a lei estipula de 5% do orçamento total”, finalizou.

Conteúdos relacionados

Casa de Leis de Mato Grosso do Sul (Arquivo, Midiamax)
Câmara de vereadores