Carlão negocia com base e Bernal caminha a passos largos para escapar da cassação na Câmara

O vereador Carlão (PSB) deve ser o próximo integrante anunciado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) para compor a base de sustentação e livrá-lo da cassação na Câmara, que precisa de 20 dos 29 vereadores para afastá-lo. O vereador já tinha admitido para à reportagem que não descartava integrar a base do prefeito Alcides Bernal, confirmando que […]

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O vereador Carlão (PSB) deve ser o próximo integrante anunciado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) para compor a base de sustentação e livrá-lo da cassação na Câmara, que precisa de 20 dos 29 vereadores para afastá-lo. O vereador já tinha admitido para à reportagem que não descartava integrar a base do prefeito Alcides Bernal, confirmando que a negociação estava sendo articulada pelo vereador Cazuza (PP). Ele só ponderou que o acordo dependia do prefeito, que precisava garantir a liberação de emendas, indicações e até espaço para o partido na administração.

Na manhã desta terça-feira, o líder do prefeito na Câmara, vereador Alex do PT, informou que Carlão está conversando com o prefeito e bastante envolvido com a base. “Na semana passada ele já tinha dado sinais de que estava próximo do nosso bloco. Acho que anuncia hoje na Câmara”.

Carlão já tinha tentado integrar a base do prefeito em outras ocasiões, mas o acordo nunca foi fechado porque Bernal não aceitava dar cargos em troca de apoio. Foi desta maneira que Bernal conseguiu perder além de Carlão, outros cinco vereadores, que se ofereceram para ajudar por meio do “G6”, que acabou poucos dias depois, por falta de interesse do prefeito. Além de Carlão, o grupo contava com Paulo Siufi (PMDB), Paulo Pedra (PDT), Dr. Jamal (PR), Alceu Bueno (PSL) e Edson Shimabukuro (PTB).

O prefeito Alcides Bernal caminhou bem lentamente na construção da base de sustentação dele na Câmara, embora tenha sido alertado por diversos aliados. Ele só acordou e conseguiu reforçar o time depois que a Câmara ameaçou abrir uma comissão processante. Preocupado, ele colocou o time em campo e autorizou Luiza Ribeiro, Alex do PT e Cazuza a aumentar a proposta para atrair aliados.

Com a chegada de Carlão, o prefeito chega, teoricamente, a nove vereadores na base de sustentação dele na Câmara: Alex do PT, Zeca do PT, Ayrton do PT, Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Luiza Ribeiro (PPS), Edson Shimabukuro (PTB) e Carlão. Porém, há quem duvide do voto do vereador Waldecy Chocolate, que hoje nem conversa com o prefeito, o que deixa o voto dele como incerto.

Se tivesse preocupado desde o começo com a construção de uma base de sustentação, o prefeito já poderia estar aliviado, com 11 vereadores. Porém, por insatisfação, o PSDB abandonou a administração, desfalcando a base, que hoje não conta, teoricamente, com João Rocha e Rose Modesto. A dúvida sobre o caminho do PSDB aumenta diante da diferença de opinião entre Rocha e Rose. O vereador afirma que está próximo do prefeito. Já Rose Modesto garante que é independente e não tem compromisso com a administração.

Na semana passada o diretório do PSDB se reuniu com os vereadores para colocar fim a esta dúvida e, segundo o presidente municipal do PSDB, a dupla garantiu que votará junta no que se refere a comissão processante a ser criada na Câmara.

A Câmara votará na próxima semana o pedido de abertura de comissão processante que pode cassar Bernal. Para ser criada, a comissão precisa da maioria simples de votos de 15 vereadores. Já para cassar o prefeito é preciso 20 votos dos 29 vereadores da Câmara.

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