O prefeito (PP), mais uma vez, ignorou a sugestão dos aliados ao indicar Pedro Chaves para a secretaria de Governo. O Partido dos Trabalhadores (PT) indicou quatro nomes para o cargo (Thais Helena, João Rocha, Pérsio Andrade e Athayde Nery), mas o prefeito optou por Pedro Chaves, o que desagradou alguns vereadores que o defendiam com unhas e dentes na Câmara.

Zeca do PT foi o primeiro a protestar, dizendo que a indicação mostra que o prefeito não ouve e não precisa de ninguém. João Rocha (PSDB) preferiu manter o discurso de que nunca foi convidado e, por isso, não criou expectativa. Ele não quis externar a insatisfação, mas a falta de otimismo ao comentar a indicação deixa no ar a insatisfação: “Seria imaturidade da minha parte já fazer esta análise. Mas, é uma pessoa experiente, um empresário da área de educação”, avaliou, sem grande entusiasmo.

O vereador Ayrton do PT é um dos poucos otimistas com a indicação. Ele defendeu o prefeito, avaliando que o noivo tem que escolher quem prefere como noiva, o que aconteceu com Bernal, que escolheu o secretário dele. Porém, ressaltou que todos os indicados pelo PT serão, segundo o prefeito, aproveitados na administração.

“Nenhum nome será descartado. Vão trabalhar no governo dele. Ele falou isso no dia da reunião e o Pedro Chaves está operando para isso. É um homem inteligente, com grande prestígio na Capital, com a classe empresarial e política. Eu confio na palavra dele, de homem bem sucedido e que não dependeu da política para subir na vida, mas da inteligência dele”, avaliou.

O líder de Bernal na Câmara, vereador Alex do PT, também tentou minimizar a polêmica, mas não conseguiu esconder a insatisfação ao dizer que Alcides Bernal é o prefeito eleito. “O PT contribui com o debate, mas não assina os atos”, avaliou.

O vereador acredita no sucesso da gestão de Pedro Chaves se conseguir autonomia para trabalhar. “Se ele tiver autonomia, não vejo porque não dar certo. Tem visão empresarial e vai ajudar o Bernal no plano administrativo. A Dilma (presidente Dilma Rousseff-PT) não era política. Era uma gerentona e hoje faz política”, concluiu.