Aliado de Nelsinho e Puccinelli, Mário César barra Luiza na CPI da Câmara

O presidente da Câmara de Campo Grande, Mário César (PMDB), aliado do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e do governador André Puccinelli (PMDB), conseguiu barrar a presença da vereadora Luiza Ribeiro (MD) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário. Os aliados do PMDB já […]

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O presidente da Câmara de Campo Grande, Mário César (PMDB), aliado do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e do governador André Puccinelli (PMDB), conseguiu barrar a presença da vereadora Luiza Ribeiro (MD) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário.

Os aliados do PMDB já tinham mostrado descontentamento com Luiza por ela ter apresentado a CPI na Casa. Na avaliação deles, a vereadora prejudicou os 20 vereadores que votaram contra a CPI e foram repudiados pela população.

Para barrar Luiza, Mário César utilizou como arma a proporcionalidade dos partidos. Ele poderia ter feito um acordo cordial, mas optou por barrar a vereadora. com apenas um vereador, o MD não poderia indicar ninguém. O PT tentou derrubar o boicote, indicando Luiza pelo partido, que tem três vereadores na Casa, mas Mário César não aceitou.

Com Luiza barrada, vão integrar a CPI os vereadores: Carla Stephanini (afilhada de Puccinelli no PMDB), Flávio César (PTdoB), líder de Nelsinho na Câmara, Coringa (PSD), Cazuza (PP – partido do prefeito Alcides Bernal) e Alex do PT. 

Com dois vereadores, o PSL também reivindicou espaço, mas abriu mão em favor do PP. Já o vereador João Rocha (PSDB) não fez a solicitação. Apesar do boicote, Luiza disse que não vai brigar pela vaga.

“Vou ajudar naquilo que for necessário, mas quero que fique claro que a responsabilidade é deles (dos cinco integrantes da CPI). Confio na CPI, já foi uma conquista a instauração, um avanço”, declarou. A vereadora não quis comentar o boicote. “Não vou conjecturar”, concluiu. A primeira reunião da CPI acontece às 16 horas desta sexta-feira. Na ocasião os vereadores decidirão quem será presidente e relator da CPI.  

Depois de apresentar a CPI, derrubada pelos 20 vereadores, Luiza voltou a causar ira nos aliados de Nelsinho e Puccinelli. Ela ocupou o microfone da Câmara para dizer que a comissão criada para derrubar a CPI não estava produzindo e cobrou empenho da comissão de Saúde, presidida por Paulo Siufi (PMDB).

A CPI para investigar os hospitais só foi montada nesta semana, depois que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, veio a Campo Grande para fazer uma varredura nos hospitais. Para não dar crédito à vereadora e tentar assumir a paternidade da investigação, os parlamentares ligados a Nelsinho trataram de apresentar um requerimento pedindo a CPI só do Hospital do Câncer e Hospital Universitário. Eles derrubaram o requerimento da vereadora Luiza Ribeiro, que solicitava uma CPI ampla na Saúde.

A CPI poderia ser montada em março, se 20 vereadores ligados a Nelsinho não tivessem barrado o requerimento apresentado por Luiza. Na ocasião só nove vereadores foram a favor e a CPI não foi aberta por um voto. Foram favoráveis a CPI os vereadores: Luiza, Zeca do PT, Alex do PT, Ayrton do PT, Gilmar da Cruz (PRB), Cazuza (PP), Waldecy Chocolate (PP), João Rocha (PSDB) e Rose Modesto (PSDB).

Na época a CPI foi derrubada pelos vereadores:  Eduardo Romero (PTdoB), Paulo Pedra (PDT), Paulo Siufi (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Wanderlei Cabeludo (PMDB), Mário César (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Elizeu Dionízio (PSL), Alceu Bueno (PSL), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Grazielle Machado (PR), Jamal (PR), Herculano Borges (PSC) e Airton Saraiva (DEM).

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