Enquanto o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Siufi (PMDB), vê como incoerente a indicação do presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, para a vaga de vice do pré-candidato a prefeito Edson Giroto (PMDB), parlamentares da Casa de Leis se dividem ao comentar o assunto.

Um dos principais defensores da aliança, o vereador Paulo Pedra (PDT) disse que o embate político faz parte do cotidiano na vida pública. “Política se faz olhando para frente, o Wilson Barbosa Martins e o Pedro Pedrossian faziam política assim, o André (Puccinelli) faz política assim”, argumentou o presidente municipal do PDT.

Ao comentar sobre as críticas de Dagoberto Nogueira ao PMDB em 2010, quando o pedetista exercia mandato de deputado federal, Paulo Pedra minimizou. “Quem nunca criticou ninguém nesse Estado?”, questionou.

O vereador exemplificou relembrando embates políticos entre o fundador nacional do PDT, Leonel Brizola, e o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O Brizola criticou o Lula e depois o apoiou. Política se faz assim, pensando e repensando”, ressaltou.

Para o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), a troca de posicionamento do ex-deputado federal “mostra que ele estava errado em 2010”. “Se antes ele era do outro lado, agora ele tem que se redimir. Só o fato dele vir para o nosso lado mostra que ele se redimiu, que lá atrás ele estava errado”, pontuou.

O vereador Ribeiro (PMDB) se mostrou indiferente sobre a questão. “O importante para o PMDB é estar na cabeça da chapa, que é o que a gente tem. Vice é vice. Vice é para agregar legendas, para unir”, opinou o parlamentar ao aconselhar os aliados a “esquecer os problemas do passado”.

Reviravolta sem justificatica

O vereador Alex do PT comentou que a disputa entre os partidos ainda é recente e pode influenciar na pré-campanha de Giroto. “O que mudou para justificar essa mudança de posição em tão pouco tempo? Acredito que o Dagoberto no palanque do PMDB irá só mesmo atrapalhar o Giroto”, declarou o petista.

O parlamentar justificou sua fala afirmando que “o político é refém do seu discurso”. “O Dagoberto era crítico do PMDB e hoje caminha para ser aliado. O Dagoberto tinha tudo para ser candidato, tem um bom partido, aparece bem nas pesquisas, acho que ele se precipitou”, concluiu.