Vereadores prometem apreciar IPTU com cautela e falam em ouvir Bernal

Os vereadores de Campo Grande ainda esperam muitos debates antes da votação do reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que neste ano, por determinação do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), será de 5,31%. Porém, a maioria está cautelosa e promete avaliar o reajuste com responsabilidade.

O vereador Paulo Pedra (PDT) entende que o reajuste não foi grande e deve votar favorável aos 5,31%. Ele ressalta que só votará contra se o novo prefeito, Alcides Bernal (PP), solicitar. Pedra avalia que o reajuste foi bom e agora cabe a Bernal lutar para que a maioria realmente pague o imposto. O vereador Carlão (PSB) também está analisando o aumento, mas adianta que quer ouvir o que pensa o novo prefeito.

O vereador Mário César (PMDB), vice-líder do prefeito na Câmara, ainda não definiu se votará contra ou a favor. Todavia, defende que os vereadores não tomem atitudes com o “fígado”. Ele lembra que é preciso cuidado, já que a cidade deve sofrer com a redução do Fundo de Participação dos Municípios. “É preciso muita responsabilidade. Não pode adotar a política do quanto pior, melhor”.

A vereadora Magali Picarelli (PMDB) ressalta que para congelar o IPTU o prefeito terá que abrir mão de receita, o que é contra a lei. Ela alega que é preciso ter responsabilidade, visto que o IPTU é essencial para a cidade e responsável pela maioria dos investimentos.

O vereador Athayde Nery (PPS) defendeu uma ampla discussão e ainda quer conversar com Bernal. Athayde avalia que é preciso fazer um estudo para conquistar uma justiça tributária, acabando com alguns exageros na cobrança do imposto. Já o vereador Alex do PT promete votar a favor, tomando cuidado com as pegadinhas como a do ano passado, quando a maioria dos vereadores teve uma surpresa com reajustes de até 15%.

O vereador Dr. Loester (PMDB) foi o único que anunciou voto contra o IPTU. Ele afirmou que a maioria da população pediu o congelamento do IPTU, o que irá respeitar. Questionado se a população não queria o congelamento em anos anteriores, quando ele votou favorável ao reajuste, Loester alegou que Nelsinho não prometeu congelar o imposto.