Pré-candidato a prefeito da Capital pelo PT, o deputado federal Vander Loubet aceita dividir aliados com partidos do campo de oposição em troca de compromisso de apoio do grupo em eventual segundo turno em Campo Grande. Para o petista, é preciso fortalecer as demais candidaturas para viabilizar a pulverização do quadro e garantir novo confronto.

“Desde o ano passado, tenho defendido a pulverização das candidaturas por visualizar neste cenário maior probabilidade de levar a disputa para o segundo turno”, destacou Vander, nesta segunda-feira (21), em entrevista ao programa UCDB Notícias.

A afirmação veio em resposta a indagações sobre ação do senador Delcídio do Amaral (PT) para garantir aliados ao deputado estadual Alcides Bernal (PP), ao deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e ao vereador Athayde Nery (PPS).

“Apoio a iniciativa e temos discutidos juntos essa estratégia”, comentou Vander. “Só quero um compromisso tanto do Alcides quanto do Reinaldo de apoiar o candidato da oposição que for para o segundo turno da eleição”, frisou.

Em Brasília, segundo Vander, Delcídio vem articulando aliança com o PSB, PSL e PRB, por exemplo. “Os partidos têm a opção de ficar com o Alcides ou com o Reinaldo”, sugeriu o petista.

Questionado se as legendas não vão fazer falta em sua campanha, Vander destacou já ter em seu palanque a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Zeca do PT e Delcídio. “Minha candidatura tem potencial de crescimento por conta de todas as ações do governo federal no Estado e graças à fidelidade do militante petista”, frisou. “Portanto, não posso ser egoísta”, emendou.

Egoísmo do PMDB

Sobre a possibilidade de Azambuja e Athayde optarem em reproduzir tradicional aliança com o PMDB em eventual segundo turno da eleição, Vander aposta no desgaste da relação. “O próprio PMDB está afastando os aliados por não deixar ninguém crescer”, comentou. “Nas vésperas de cada eleição, eles analisam por meio de pesquisa o cenário e tiram os melhores quadros das legendas aliadas”, acrescentou.

Vander ainda destacou que o PT sabe dividir. “No nosso governo à frente de Mato Grosso do Sul, o PDT, o PR cresceram e nunca tiveram tantos prefeitos como naquela época”, lembrou.