Nelsinho e Bernal deixam intrigas de lado e garantem que a paz reinará no final da transição
O atual prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e o eleito, Alcides Bernal (PP), fizeram nesta segunda-feira (17) a primeira reunião efetiva de trabalho após o segundo turno da eleição. No final, após duas horas de reunião, os dois prefeitos garantiram que o clima é bom e a transição entre os governos está garantida. […]
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O atual prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e o eleito, Alcides Bernal (PP), fizeram nesta segunda-feira (17) a primeira reunião efetiva de trabalho após o segundo turno da eleição. No final, após duas horas de reunião, os dois prefeitos garantiram que o clima é bom e a transição entre os governos está garantida. A expectativa era grande por conta das farpas trocadas no período em que os prefeitos não se encontraram.
Ao final do encontro Trad disse que a reunião foi importante para dotar a nova administração de informações necessárias para o início mais proveitoso possível. Segundo Nelsinho, o encontro foi de desprendimento de qualquer questão política, garantindo a tranquilidade para o novo prefeito trabalhar.
Bernal informou que fará outros encontros com Nelsinho para a troca de informações. Os prefeitos não foram poupados de questões polêmicas, como as licitações, mas responderam sem constrangimento. Questionado sobre as polêmicas envolvendo licitações, Bernal disse ainda que vai estudar a revisão das licitações para garantir a qualidade dos serviços públicos. “Estou tomando pé da situação. Não posso fazer juízo de valor. Todos têm seu mérito. O Nelsinho está demonstrando boa vontade de franquear a administração”. Bernal também falou sobre o congelamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Evitando críticas e declarações mais polêmicas, o novo prefeito disse que pretende recuperar os R$ 12 milhões perdidos da dívida ativa. “Se teve caráter político não vai adiantar de nada. O povo é inteligente e vai participar efetivamente da administração”, analisou.
Na reunião foram tratados, entre outras coisas, de problemas com a dengue e as chuvas, que podem comprometer a infraestrutura da cidade. “Pedimos informações do que está sendo feito efetivamente e serão repassadas na próxima reunião”, explicou Bernal.
Bernal avaliou que o encontro deixou claro que as brigas acabaram e que não será necessário um “terceiro turno eleitoral”, motivado por trocas de acusações. Ele voltou a falar das emendas apresentadas na Câmara para diminuir seu poder e declarou que espera as mesmas condições de trabalho dos prefeitos anteriores, ressaltando que a burocratização das ações é desnecessária e só prejudicará a população.
O prefeito Nelsinho Trad também falou em paz e disse que os problemas ocorridos foram de ordem política, por conta da eleição que terminou há pouco tempo. “Naturalmente, dando tempo ao tempo, as coisas vão entrando no eixo, como entrou”. Ainda não há data definida para a próxima reunião entre os prefeitos. Emendas
A reclamação de Bernal refere-se a duas emendas feitas ao orçamento da Câmara de Campo Grande para tentar diminuir a autonomia do próximo prefeito. Uma delas reduz de 30% para 5% o percentual autorizado para a prefeitura abrir créditos adicionais, sem autorização da Câmara. Atualmente, Nelsinho tem 30% para aplicar em despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A segunda emenda proíbe Bernal de modificar o Plano Plurianual sem a autorização da Câmara. O Plano Plurianual é o principal instrumento de planejamento de médio prazo de um governo. Ele estabelece as metas da administração para despesas de capital e outras dela decorrentes. Ele estabelece a necessária relação entre as ações a serem desenvolvidas e a orientação estratégica de governo.
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