Interesse político na votação do IPTU revelará postura de vereadores na Câmara em 2013

Nos próximos dias a Câmara de Campo Grande deve votar o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a ser enviado pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB), com a proposta de reajuste de 5,31%, baseado na correção anual do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial). A votação mostrará quem é quem entre […]

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Nos próximos dias a Câmara de Campo Grande deve votar o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a ser enviado pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB), com a proposta de reajuste de 5,31%, baseado na correção anual do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial).

A votação mostrará quem é quem entre os 13 reeleitos para a Câmara. Isso porque, parte dos vereadores que hoje integram a base de sustentação de Nelsinho, e nunca votaram contra reajuste, agora falam em derrubar a proposta para atingir o novo prefeito, Alcides Bernal (PP). Já quem votar a favor, defenderá Bernal, que solicitou apenas a correção da inflação.

O vereador Airton Saraiva (DEM) é um dos que compõem a base de sustentação de Nelsinho. O vereador, que sempre votou a favor de Nelsinho, agora propõe uma pesquisa para saber se a população quer ou não o reajuste.

A reunião entre Nelsinho e os vereadores, realizada na tarde de ontem (12), na Esplanada Ferroviária, já revelou alguns posicionamentos. Dos 21 vereadores, apenas 14 compareceram. Da base de sustentação de Nelsinho faltaram os vereadores: Marcelo Bluma (PV), Rose Modesto (PSDB), Athayde Nery (PPS), DR. Loester (PMDB) e Ribeiro (PMDB). Também não estiveram presentes os vereadores Thais Helena (PT) e Alex do PT, que integram a oposição ao prefeito atual.

Bluma, Rose e Athayde apoiaram Alcides Bernal no segundo turno em Campo Grande e optaram por não participar da reunião. Entre os presentes, destaca-se a participação de Lídio Lopes, filiado ao partido de Bernal, e de João Rocha (PSDB), que também integrará a base de Bernal, mas que, diferente de Rose, foi ouvir as explicações de Nelsinho.

A nova Câmara deve ser marcada por divisões. Líderes do PMDB até que tentam, mas está difícil controlar a vontade dos vereadores, que enxergam na derrota de Edson Giroto (PMDB) uma boa oportunidade para serem donos do próprio nariz.

Sem a prefeitura para administrar aliados, em crise após a derrota em Campo Grande e a dois anos do fim do mandato de André Puccinelli (PMDB), os peemedebistas enfrentam grandes barreiras. A independência já pode ser vista nas articulações para a Mesa Diretora da Câmara, onde a maioria dos 21 eleitos pelo grupo do PMDB já declararam que a eleição acabou no dia 7 de outubro, e agora é hora de cada um seguir o seu caminho.

O racha já pode ser visto dentro dos partidos que até então são aliados de Nelsinho. No PR, Grazielle Machado defende uma aliança pluripartidária para chegar à presidência. Já Dr. Jamal ainda insiste em unir os 21 eleitos por Giroto, embora também defenda a independência dos vereadores. A dúvida e os rachas já dão mostras de que o próximo ano deve ser de grandes mudanças e intensas discussões, poucas vezes vistas no legislativo municipal, que por 20 anos seguiu ordens de peemedebistas.

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