Em desabafo, Bernal diz ser alvo de perseguição e critica candidaturas impostas

Para o candidato, govenistas vão tentar manchar sua imagem para abalar sua popularidade. “Só que eles esquecem que a população não é feita de cupinchas e de capachos”, frisou.

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Para o candidato, govenistas vão tentar manchar sua imagem para abalar sua popularidade. “Só que eles esquecem que a população não é feita de cupinchas e de capachos”, frisou.

O deputado estadual Alcides Bernal (PP) ocupou, nesta terça-feira (10), a tribuna da Assembleia Legislativa para ratificar aos colegas de Casa sua candidatura a prefeito de Campo Grande e acabou desabando. Ele disse ser alvo de perseguição e criticou quem não respeita a democracia, impondo candidaturas sem respaldo popular.

“Quem não ouve a voz das ruas não é democrata, é um déspota”, disparou Bernal. Ele enfatizou estar na disputa por contar com respaldo da população e deixou claro não querer desafiar ninguém, nem brigar, mas fazer um debate democrático. “Não estou candidato de um grupo, mas da vontade das pessoas”, afirmou.

Para reforçar sua teoria, Bernal repetiu liderar as pesquisas de opinião pública sobre a corrida pelo comando da prefeitura da Capital. Ele, no entanto, está ciente de que o peso da máquina municipal e estadual poderá dificultar sua vitória, mesmo assim, reforçou confiar no eleitor. “A população não é feita de cupinchas e de capachos”, frisou.

Justamente por liderar a corrida eleitoral, Bernal declarou ser alvo de perseguição na campanha. “Estou ciente que vão fazer uma perseguição até contra a minha família”, comentou. Para ele, a guerra já começou e citou como exemplo reportagem do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul que o comparou ao ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PMN), que parou atrás das grades por suspeita de corrupção.

“Essa foi a piada do dia”, disse Bernal. “O que eu tenho a ver com o Artuzi, nem do partido dele eu sou”, prosseguiu. “Ao mesmo tempo, a reportagem comparou o Edson Giroto (PMDB), ao governador André Puccinelli”, emendou. “Isso é a prova que estão com medo da minha candidatura”, concluiu.

Diante das declarações de Bernal, apenas o governista Diogo Tita (PPS) foi ao microfone de aparte defender os aliados. Para ele, o candidato tem “visão catastrófica”. “O povo é sábio, o senhor não vive destacando sua votação recorde, então, continue confiando no povo”, acrescentou.

Por outro lado, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) destacou a coragem do candidato e concordou sobre as dificuldades, principalmente, por enfrentar a máquina. “A gente conhece as dificuldades, por isso, lhe parabenizo pela coragem e ousadia”, disse. “Aqui o poder da máquina sempre foi grande, são muitos cabos eleitorais contratados e até servidores são obrigados, às vezes, a levantar sem querer bandeira de candidatos”, finalizou.

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