Após muita especulação, o presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, confirmou proposta para ser vice do deputado federal Edson Giroto (PMDB) na corrida pela sucessão da prefeitura da Capital. Segundo ele, a oferta partiu do governador André Puccinelli (PMDB) há três meses. Neste feriadão, o pedetista espera definir outros detalhes da coligação para, na terça-feira (10), apreciar a proposta no diretório municipal.

“O André quer eu ou minha esposa (Verônica) na vaga de vice do Giroto, mas antes de bater o martelo preciso fechar outros detalhes da aliança”, disse Dagoberto.  Além da vice, ele condiciona a coligação a condições para eleger um bom quadro de vereadores e a espaço na administração municipal.

Fechado os últimos detalhes da aliança, o plano é reunir o PDT na terça-feira (10) para bater o martelo sobre o destino do partido na eleição.

Suicídio político

Indagado sobre o fim da parceria com PT para caminhar ao lado do PMDB, rival nas últimas eleições, Dagoberto frisou não poder “levar os 54 pré-candidatos a vereador rumo a um suicídio político”. “Em 2010, quando fui candidato a senador na chapa do PT, só estava em jogo o meu destino político, agora, corro o risco de prejudicar 54 pessoas”, ponderou.

Para ele, o PT continua dividido da mesma forma que nas eleições estaduais. “Marcou demais a falta de apoio do PT, principalmente, do senador Delcídio (Amaral)”, contou. Na época, o parlamentar fechou dobradinha com o então deputado federal Waldemir Moka (PMDB) em vários municípios do Estado. “Se eu tivesse um quarto dos votos do grupo do senador, teria me elegido”, comentou Dagoberto.

O pedetista fez questão de deixar claro não romper a aliança com o PT “por vingança pessoal”. “O que está em jogo não é o meu futuro político, mas o de 54 pré-candidatos a vereador”, reforçou.