Audiência da Coopertaxi divide opinão de vereadores de Campo Grande

O presidente da Coopertáxi (Cooperativa de Condutores Autônomos Rodoviários), Flávio Panissa, foi convocado a participar de uma audiência nesta quinta-feira (20), na Câmara Municipal. Ele prestará esclarecimentos sobre o envolvimento do candidato a prefeito e deputado estadual, Alcides Bernal (PP), com a cooperativa. Enquanto alguns vereadores aprovam a audiência, outros afirmam…

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O presidente da Coopertáxi (Cooperativa de Condutores Autônomos Rodoviários), Flávio Panissa, foi convocado a participar de uma audiência nesta quinta-feira (20), na Câmara Municipal. Ele prestará esclarecimentos sobre o envolvimento do candidato a prefeito e deputado estadual, Alcides Bernal (PP), com a cooperativa. Enquanto alguns vereadores aprovam a audiência, outros afirmam que esse não é o momento de levantar a questão.

“Não vou participar disso. Estão querendo aproveitar uma questão pessoal para denegrir a imagem de um candidato que está em plena campanha. Não acho isso certo”, declarou o vereador Athayde Nery, vice do candidato a prefeito, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Defendendo a realização da audiência, o vereador Paulo Pedra (PDT) disse que, como Bernal é um homem público, esse caso deve ser esclarecido à população. “A Câmara precisa dar um posicionamento. Depois da audiência, levaremos o caso ao Ministério Público Estadual e poderemos fazer até uma CPI”, apontou. “Se nos convencermos da gravidade da denúncia, convocaremos o Bernal para prestar sua defesa”, acrescentou.

Sem manifestar apoio pela participação da Casa de Leis no caso, o vereador Carlos Augusto Borges,  Carlão (PMDB), acredita que essa questão deveria ser mais bem analisada pelos vereadores. “Acho que a Câmara não poderia entrar numa bola dividida como essa. Se o Ministério Público já está investigando, pra que nos envolvermos nisso?”, questionou.

O caso

O presidente da Coopertaxi acusou Bernal, no programa eleitoral do candidato a prefeito Sidney Melo (PSOL), de prática de estelionato, agiotagem, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Ele afirmou que Bernal foi à Justiça cobrar suposta dívida inexistente de R$ 106,3 mil.

Em resposta, Bernal afirma ter emprestado R$ 106 mil ao ex-presidente da cooperativa, Waltrudes Pereira Lopes, e que já foi à Justiça porque nunca recebeu. “Emprestei esse dinheiro para o pessoal poder comprar gasolina e manter o serviço em dia, mas com o compromisso de no futuro ser restituído”, contou. Hoje, no programa eleitoral o tesoureiro da Coopertaxi, Altair Arantes, confirmou o empréstimo.

 

Conteúdos relacionados

Casa de Leis de Mato Grosso do Sul (Arquivo, Midiamax)
Câmara de vereadores